
Na primeira vers�o, divulgada ainda na segunda-feira, Marcelo Sivieri, m�dico auditor da Secretaria de Sa�de de Sacramento, disse que o acidente havia sido causado por uma manobra brusca que precisou ser feita pelo motorista da ambul�ncia.
O equipamento fica preso no ve�culo por um velcro, mas, devido ao impacto da manobra e o peso, teria se soltado e atingido a cabe�a da v�tima.
J� na vers�o divulgada hoje, que o pr�prio Marcelo Sivieri assina, � dito que a mulher sofria crises convulsivas e que isso, somado �s manobras da ambul�ncia, fez com que o aparelho se desprendesse e ca�sse sobre ela. O documento diz, ainda, que uma das duas t�cnicas em enfermagem presentes chegou a amortecer a queda do monitor card�aco. Veja o que diz o trecho da nota:
“Em um cen�rio de agita��o motora da paciente, bem como manobras realizadas pela ambul�ncia na sa�da da cidade de Sacramento, ocorreu desprendimento de um monitor card�aco de seu suporte, com queda sobre a paciente. Ressalta-se que o equipamento estava preso com velcro e rede, al�m de seus fios pr�prios. Salienta-se ainda, que uma das t�cnicas amorteceu sua queda antes do contato com a paciente, que foi avaliada e monitorada pelo m�dico durante todo o percurso.”
Estado grave antes do acidente
De acordo com o m�dico Marcelo Sivieri, a paciente deu entrada no PSF do bairro onde residia com quadro de hipertens�o e crises convulsivas. No local, a v�tima foi diagnosticada com Ecl�mpsia Grave Complicada com S�ndrome HELPP parcial.
“Cabe ressaltar que os quadros de Ecl�mpsia e de s�ndrome HELLP s�o de extrema gravidade e que podem, por si s�s, causar complica��es como insufici�ncia renal, hemorragia hep�tica, edema agudo de pulm�o, hemorragia pulmonar, descolamento prematuro de placenta, coagula��o intravascular disseminada, hemorragia intracraniana e �bito. Sabe-se que a letalidade materna em casos de s�ndrome HELLP � de at� 25%, e que grande parte destes �bitos (cerca de 26%) ocorre em fun��o de hemorragia intracraniana.”
Outro ponto da nota diz que a paciente j� apresentava quadro “bastante grave” e sinais de “dano cerebral” antes mesmo do transporte e que “� um equ�voco atribuir o tr�gico desfecho apenas ao lastim�vel acidente ocorrido”.
O documento afirma tamb�m que, at� o momento, sem an�lise dos exames de imagens e laboratoriais realizados no Hospital de Cl�nicas da UFTM, n�o � poss�vel avaliar at� que ponto o acidente ocorrido durante o transporte teve influ�ncia na morte da paciente.
A jovem morreu na chegada do Hospital de Cl�nicas da Universidade Federal do Tri�ngulo Mineiro. O beb� foi salvo e passa bem, informou a institui��o de sa�de. A prefeitura e a Pol�cia Civil investigam se houve alguma neglig�ncia por parte dos profissionais na ambul�ncia.
A Secretaria de Sa�de de Sacramento, juntamente com a Santa Casa de Miseric�rdia, lamentaram o acontecido e afirmaram que n�o ir�o medir esfor�os para melhorar o atendimento de seus pacientes.
A nota da Secretaria de Sa�de de Sacramento pode ser lida na �ntegra clicando aqui.
O que diz a Secretaria de Sa�de de Sacramento
Em contato com a reportagem do Estado de Minas, o Secret�rio de Sa�de de Sacramento, Reginaldo Afonso dos Santos, afirmou que a mudan�a da vers�o inicial dos acontecidos se deu pois a nota foi escrita ap�s uma reuni�o com a equipe presente no momento do acidente, um m�dico, uma enfermeira, duas t�cnicas em enfermagem, al�m do motorista da ambul�ncia.
Portanto, segundo ele, a primeira vers�o dada pelo m�dico auditor da Secretaria de Sa�de de Sacramento, Marcelo Sivieri, era preliminar, ainda sem uma apura��o aprofundada do acontecido.
De acordo com Reginaldo, n�o houve neglig�ncia no atendimento. Ele ressaltou que, devido ao estado de gravidade da paciente quando esta deu entrada no PSF de seu bairro, foi disponibilizada uma equipe de atendimento grande, com quatro profissionais da sa�de, para fazer o transporte da paciente para o munic�pio de Uberaba, tamb�m no Tri�ngulo Mineiro, e lamentou a fatalidade.