
“O primeiro lugar que identifiquei foi a coxa, mas, ap�s o banho, vi tamb�m nas costas, al�m de um roxo em cada joelho, que s� apareceu no dia seguinte”, disse Karina, em seu Instagram.
Karina disse que, ao perceber as les�es, ela e o pai da menina levaram a crian�a � Delegacia de Plant�o de Atendimento � Mulher, no Barro Preto, na regi�o Centro-Sul da capital, onde fizeram um Boletim de Ocorr�ncia (BO).
Ap�s o registro do BO, a crian�a foi encaminhada ao Instituto M�dico-Legal (IML), onde exames feitos por um m�dico legista constataram que ela havia sofrido agress�es f�sicas causadas por um adulto, provavelmente por unhas.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Educa��o, informou que est� ciente do caso e j� se reuniu com a dire��o da unidade e com os envolvidos. “A Diretora Regional de Educa��o compareceu � casa da fam�lia para fazer a acolhida e escuta do caso”, afirmou.
Mudan�a no comportamento

Em entrevista ao Estado de Minas, a m�e contou que vinha notando comportamentos estranhos da menina em casa e que isso levantou suspeitas de que algo poderia estar acontecendo.
Segundo ela, a crian�a diagnosticada com o transtorno do espectro autista, n�o verbal, que � quando a crian�a n�o tem o di�logo, fala apenas algumas palavras isoladas e se comunica por gestos. "Minha filha n�o � verbal, se eu n�o tivesse observado isso, ela estaria sofrendo at� hoje. Ela j� estava apresentando comportamentos estranhos, desde o segundo dia de aulas”, desabafou.
Karina, que � formada em Marketing e Administra��o, mas que atualmente n�o trabalha para cuidar da crian�a, se diz indignada, pois, al�m da revolta causada pelas les�es “bem fortes e aparentes” nas coxas, costas e joelhos da crian�a, ela afirma que o estresse causado pela situa��o tem desencadeado crises em sua filha e afetado todas as pessoas ao redor.
“S�o anos de terapia, fa�o acompanhamento psicol�gico para saber lidar com ela e a� vem uma pessoa e faz ela regredir.”
Um outro ponto ressaltado por Karina Lima foram questionamentos recebidos por ela em rela��o a uma poss�vel crise que sua filha tivesse tido na escola e que pudesse ter resultado nas les�es. “Isso n�o justifica. Minha filha � uma crian�a tranquila, raramente ela dava crise. E mesmo se tivesse dado, seria obriga��o da escola ter me notificado, mas n�o, apenas entregaram minha filha machucada”, argumenta.