
ONG Associa��o Amor n�o Tem Ra�a, em entrevista ao Estado de Minas. Ela, que mora no Morro da Gl�ria, regi�o Central da cidade, auxiliou no resgate e providenciou uma nova fam�lia para a cadela. O boletim de ocorr�ncia foi registrado nesta quinta-feira (2/3), e o caso ser� encaminhado � 5ª Delegacia de Pol�cia Civil no munic�pio.
O morador que flagrou o crime de abandono – por meio de uma c�mera de seguran�a na manh� do �ltimo domingo (26/2) – divulgou as imagens em um grupo de WhatsApp do bairro, conta Miriam Neder, presidente da “Uma conselheira fiscal da ONG, que mora l� no bairro, viu o v�deo no grupo de WhatsApp e me encaminhou o caso. Providenciamos a retirada dela do local e, a princ�pio, a levei para minha casa. Ela estava bem magra. A impress�o � de que o animal era mantido preso em um local pequeno, pois ele tem muitos calos na regi�o usada para ficar sentado. O veterin�rio que fez a avalia��o disse que eles devem sumir com o passar do tempo”, explica Miriam. Segundo ela, a cadela, possivelmente, � resultado do cruzamento de um basset com um border collie.
Nessa quarta-feira, a presidente da ONG entregou a cadela aos cuidados de uma nova fam�lia ap�s o animal ser vacinado e vermifugado. A designer de sobrancelhas Rom�nia Chaia, de 54 anos, que j� havia adotado outra f�mea com Miriam h� cerca de tr�s anos, manifestou interesse em cuidar do animal, que, inclusive, j� recebeu um nome: Mia.
Ela conta que por j� ter uma cachorra, a Dora, a chegada de uma nova integrante no apartamento da fam�lia, situado no bairro Santa Catarina, foi um pouco conturbada.
“A Dora foi criada sozinha at� ent�o e por isso sempre esteve acostumada a ter a casa s� para ela, al�m do carinho, amor e aten��o. Por�m, ela fica muito sozinha quando meu marido, minha filha e eu n�o estamos em casa”, disse Rom�nia, destacando que ficou sensibilizada ao ver o v�deo com a cena de abandono e optou por uma nova ado��o.
A expectativa � que a Mia seja agora uma companhia para Dora. “Antes de ela ir para minha casa, acompanhei a consulta com o veterin�rio, que a ONG disponibilizou. Na ocasi�o, ela tomou a primeira vacina. Inicialmente, levei a Dora pra encontrar a Mia em uma pra�a que tem aqui na minha rua. Depois � que fomos para casa, quando elas come�aram a brincar”, conta.
Por terem temperamentos diferentes, os animais �s vezes se estranham, mas, na maior parte do tempo, a conviv�ncia tem sido muito boa, segundo a tutora. “Ela � linda, ador�vel e carinhosa com a gente. Acho que a rela��o entre elas tem tudo para dar certo. � uma quest�o de tempo e paci�ncia, al�m de equilibrar o carinho, a aten��o e dar limites”, finaliza.
O que diz a lei?
A legisla��o – conforme o artigo 32 da Lei 9.605/98 – assegura pena de deten��o de tr�s meses a um ano para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, dom�sticos ou domesticados, nativos ou ex�ticos”, al�m de multa.
Por�m, quando se tratar de c�o ou gato, a penalidade aplicada varia de dois a cinco anos de pris�o, podendo ser aumentada de um sexto a um ter�o, caso a viol�ncia ocasione a morte do animal.