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Estado de Minas ASSASSINO EM S�RIE

Pedrinho Matador: vida do serial killer foi cercada de viol�ncia e morte

Solto desde 2018, ap�s cumprir 40 anos dos 128 a que foi condenado, contou que sentiu vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos


06/03/2023 19:14 - atualizado 06/03/2023 19:28

Pedrinho Matador
Ainda adolescente, Pedrinho passou a conviver com traficantes de drogas locais (foto: Reprodu��o/YouTube)
A viol�ncia se apossou da sua vida ainda no ventre da m�e. Depois de v�rios espancamentos que ela sofreu do marido, mesmo gr�vida, Pedro Rodrigues Filho nasceu com uma fratura craniana em uma fazenda em Santa Rita do Sapuca�, no Sul de Minas, no dia 17 de junho de 1954. O pai, Pedro Rodrigues, que era lavrador � �poca, incluiu o menino ao lado da m�e como alvo de suas agress�es. A morte tamb�m entrou cedo para a sua vida. Aos 9 anos, ajudava o av� em um matadouro de bois em Varginha, mesma regi�o, local onde os animais eram abatidos, esquartejados e onde os dois tinham o costume de consumir o sangue dos bovinos. Essa foi a g�nese do maior assassino em s�rie brasileiro, Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, que dizia ter vitimado mais de 100 pessoas e que foi assassinado em Mogi das Cruzes, em S�o Paulo, na manh� do �ltimo dia 5.

Solto desde 2018, ap�s cumprir 40 anos dos 128 a que foi condenado - s� no sistema prisional matou 47 pessoas -, contou em podcasts e entrevistas que sentiu vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos, quando um primo de 26 anos o agrediu. Por vingan�a, o rapaz emboscou o parente e o empurrou em uma moenda el�trica de cana, onde o bra�o da v�tima acabou esmagado e dilacerado pelas prensas de cana-de-a��car.

Seu primeiro assassinato n�o tardou. Foi em Alfenas, na mesma regi�o, em 1968, quando o pai foi demitido por suspeita de roubar mantimentos da dispensa de uma escola p�blica onde era vigia noturno. O adolescente de 14 anos pegou uma espingarda e executou a tiros o vice-prefeito da cidade, que teria sido o respons�vel direto pela demiss�o do pai. N�o satisfeito, ao saber das suspeitas de que outro vigia da escola seria o verdadeiro ladr�o, ele o espreitou e o matou a tiros no m�s seguinte. Para n�o ser preso, fugiu para a casa dos padrinhos, em uma favela de Mogi das Cruzes, na Grande S�o Paulo.
 

O adolescente passou ent�o a conviver com traficantes de drogas locais e a dar vaz�o � sua viol�ncia nos conflitos territoriais das gangues, onde afirma tamb�m ter matado, mas sem confirma��o de sua autoria. Foi nesse meio que conheceu uma vi�va traficante, que tinha o apelido de Botinha. Ao lado dela, seguiu com as atividades do tr�fico e matou tr�s ex-comparsas de gangue. A mulher acabou morta em uma incurs�o da pol�cia, mas Pedro conseguiu fugir. J� com fama de matador entre os traficantes, arregimentou mais traficantes e assim come�ou com a sua pr�pria boca-de-fumo, em S�o Paulo.

Ainda com 17 anos, conheceu a mulher que declarou ser o grande amor de sua vida, chamada Maria Aparecida Ol�mpia. A mulher engravidou, mas n�o chegou a dar a luz, pois um traficante rival, de alcunha "China", mandou matar os membros da gangue de Pedro. Ele n�o foi encontrado, mas ao retornar para sua casa, encontrou a amada fuzilada e jurou vingan�a.
 

Passados alguns dias, ele e seus comparsas invadiram uma cerim�nia de casamento onde China e sua gangue estavam e abriram fogo contra os convidados. Pedro matou China com um tiro de espingarda no peito. Outros seis membros da gangue rival foram mortos e 16 pessoas feridas a tiros conseguiram escapar e sobreviveram. Ele buscou abrigo na casa de parentes at� que o tempo tirasse o foco deste massacre, mas o �mpeto matador n�o parou. Nessa mesma casa da fam�lia, a prima de Pedro contou que estava gr�vida e que o pai do filho dela n�o queria assumir o beb� e nem casar com ela. A resposta do matador foi novamente com a espingarda, matando o pai do beb� da prima.

O desejo de vingan�a do maior assassino em s�rie mineiro o p�s frente a frente com seu primeiro agressor, o pr�prio pai. Em 1973, ainda com 17 anos, soube da morte de sua m�e pelo pr�prio pai, Pedro Rodrigues, que a teria golpeado 21 vezes com uma faca e tentado v�timas tamb�m os outros filhos, que conseguiram fugir para as casas de vizinhos. Pedro filho ent�o visitou o pai na delegacia, onde conseguiu entrar com um fac�o e desferiu 22 golpes no genitor, de quem arrancou o cora��o, mastigou e cuspiu um peda�o, fugindo em seguida.
 
 
Com tanta aten��o sobre si, Pedro acabou preso, em 24 de maio de 1973, aos 18 anos. Mas o c�rcere n�o traria fim � matan�a, uma vez que ele afirmava ter matado 47 pessoas atr�s dos muros das penitenci�rias por onde passou. Nem todos foram confirmados e em alguns casos, segundo a pol�cia, outras pessoas aparecem como assassinos confessos. Dessas v�timas, Pedro afirma ter matado 11 logo no primeiro ano de pris�o, o que lhe valeu o apelido macabro de Pedrinho Matador.

Entre as mortes dentro da pris�o, ele relatou ter decapitado um detento por n�o gostar dele e dois companheiros de cela, um deles por roncar demais. Outro, chamado Raimund�o, conhecido por extorquir outros presos, foi esfaqueado por Pedrinho e teve seu corpo atirado no po�o do elevador da institui��o prisional. Em uma das ocasi�es, cinco presos tentaram emboscar Pedrinho, que revidou, matando tr�s deles e afugentando os outros dois. Na d�cada de 1990, transferido para Taubat� devido �s hostilidades com os demais internos, passou para uma cela separada, onde ficou at� 2002 afastado dos demais internos. Apesar de dizer ter matado mais de 100 pessoas, at� o momento as autoridades atribu�ram a Pedrinho Matador, em condena��es ou investiga��es, a marca de 71 homic�dios.
 

VIDA EM S�O PAULO


Solto desde 2018, Pedrinho Matador, de 68 anos, vivia entre as cidades da Baixada Santista, em S�o Paulo, mas tinha como endere�o certo para as visitas a casa dos tios e primos em Mogi das Cruzes. O lugar era humilde, com barracos e casas pequenas em vielas labir�nticas para onde fugiu depois de iniciar sua carreira de assassinatos no Sul de Minas Gerais. E foi nessa cidade da Grande SP, em frente � casa dos tios na Rua Jos� Rodrigues da Costa, no Bairro Ponte Grande, que o maior assassino em s�rie brasileiro encerrou sua hist�ria, por volta das 9h50 de domingo, segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica de S�o Paulo.

De acordo com a investiga��o, Pedrinho passeava com a prima, de 23 anos, e a filha dela pela cal�ada, e perceberam que um VolksWagen Gol preto com placa de S�o Paulo deu pelo menos tr�s voltas no quarteir�o. Desse ve�culo sa�ram tr�s homens com m�scaras de palha�o do personagem das hist�rias em quadrinhos Coringa, j� gritando para a mulher e a crian�a entrarem para dentro da resid�ncia.

No interior da casa, primos e tios ouviram v�rios tiros. Ao sa�rem do im�vel, viram Pedrinho estirado no passeio, com pelo menos cinco ferimentos de disparos de arma de fogo e o pesco�o degolado por um corte profundo, provavelmente feito por faca.

Ningu�m ainda foi preso pelo homic�dio. O carro preto foi encontrado 1,5 quil�metro adiante, abandonado, com um garraf�o vazio em seu interior. testemunhas relatam que seus ocupantes trocaram de ve�culo e fugiram em um outro carro de cor branca. O caso foi registrado como homic�dio qualificado e localiza��o/apreens�o de ve�culo na Central de Flagrantes e encaminhado ao Setor de Homic�dios (SHPP) em Mogi das Cruzes.


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