
Agora, os irm�os foram encaminhados a uma unidade de acolhimento do Conselho Tutelar da capital. Eles v�o seguir no local at� que uma decis�o da Vara da Inf�ncia e da Juventude determine a guarda permanente.
“Durante o per�odo de interna��o, a equipe do Conselho Tutelar da Regional Noroeste, onde as crian�as foram localizadas, manteve contato di�rio com as crian�as, equipe m�dica e judici�rio, buscando garantir a Prote��o Integral dos, ent�o, pacientes [...] Mesmo com o encaminhamento de alta, as duas crian�as seguem em acompanhamento m�dico e psicossocial di�rio. A PBH, de maneira intersetorial, seguir� ofertando todo o suporte �s duas crian�as”, informou a administra��o municipal.
A m�e das crian�as est� presa no pres�dio de Vespasiano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, desde o in�cio de fevereiro, suspeita pela morte de um outro filho, de 4 anos, em S�o Joaquim de Bicas. A deten��o aconteceu ap�s o menino dar entrada em uma Unidade B�sica de Sa�de com sinais de maus-tratos.
Al�m disso, os meninos t�m outras duas irm�s que est�o sob os cuidados do Conselho Tutelar de S�o Joaquim de Bicas. Elas est�o na unidade desde a pris�o da m�e. � reportagem, a prefeitura da cidade confirmou que duas meninas de 1 e 2 anos foram integradas na Unidade de Acolhimento do munic�pio em 6 de fevereiro.
Fam�lia mantida em cativeiro
A m�e, K�tia Cristina Alves, relatou aos seus advogados que foi aliciada, mantida em cativeiro h� pelo menos um ano e meio. Ela contou que chegou � capital mineira gr�vida e junto do marido e dos quatro filhos.
Em entrevista ao Estado de Minas, o ent�o advogado dela, Greg de Andrade, contou informou que, ainda na Rodovi�ria de BH, a fam�lia teria sido abordada por uma mulher que lhes ofereceu trabalho em seu s�tio, em S�o Joaquim de Bicas. Ao chegar no local, os documentos da fam�lia teriam sido guardados pela suposta aliciadora.
Em entrevista ao Estado de Minas, o ent�o advogado dela, Greg de Andrade, contou informou que, ainda na Rodovi�ria de BH, a fam�lia teria sido abordada por uma mulher que lhes ofereceu trabalho em seu s�tio, em S�o Joaquim de Bicas. Ao chegar no local, os documentos da fam�lia teriam sido guardados pela suposta aliciadora.
Depois de um tempo trabalhando no local, K�tia contou que a mulher teria dito que precisava ir at� Belo Horizonte para arrumar seus documentos e, assim, continuar recebendo o Aux�lio Brasil. Ainda conforme o advogado, mesmo recebendo o benef�cio, o dinheiro seria recolhido pela dona do s�tio em que a fam�lia morava.
Ainda segundo o relato de K�tia, depois de dois meses de sua vinda para a capital, ao voltar para o lote em que vivia com a fam�lia, ela percebeu que seu marido n�o estava mais no local. Ela contou aos advogados que perguntou � dona do im�vel e seu filho sobre o paradeiro do homem.
Primeiro foi informada que ele havia fugido com uma mulher, mas depois de duvidar da resposta e pressionar a mulher, foi avisada que o marido havia morrido em decorr�ncia de uma infec��o pela Covid-19, e que j� havia sido enterrado. Desde ent�o, K�tia afirmou que foi mantida em cativeiro e afastada dos outros tr�s filhos, incluindo o rec�m-nascido.
No dia 2 de mar�o, a Pol�cia Civil e o Corpo de Bombeiros estiveram no s�tio em que K�tia e a fam�lia moravam em S�o Joaquim de Bicas. No local eles encontraram um lote com constru��es at�picas e irregulares. Em alguns c�modos, n�o havia portas, mas sim entradas pelo telhado.
Estupro
Ainda segundo os advogados, K�tia contou que assim que voltou a S�o Joaquim de Bicas, sem os filhos, come�ou a ser alimentada por um buraco em uma porta do quarto em que era mantida presa. Ela afirma que o filho da mulher, que a teria aliciado, � quem entregava as refei��es. Logo ap�s ela comer, come�ava a se sentir tonta e acabava desmaiando. Conforme o relato, quando acordava, por diversas vezes, K�tia afirma que estava sendo estuprada pelo homem.
De acordo com o processo da pris�o da mulher, a que o Estado de Minas teve acesso, o homem foi preso junto a ela no dia em que o menino de 4 anos deu entrada na UPA com ferimentos t�picos de maus-tratos. Para a pol�cia, ele informou que morava no mesmo lote que K�tia e que apenas havia a levado at� o pronto-socorro.