
Em termos mais simples, o TerraChange foi criado para identificar, mapear, quantificar e monitorar o desmatamento em qualquer parte do planeta, utilizando bancos de dados geogr�ficos, imagens de sat�lite, t�cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, m�todos de intelig�ncia artificial e aprendizado de m�quina.
O gestor ambiental e mestre em An�lise e Modelagem de Sistemas Ambientais pela UFMG, Ant�nio Campos de Abreu Filho, s�cio desenvolvedor da TerraQ, destaca que o programa facilita o trabalho dos profissionais da �rea, que v�o precisar apenas confirmar a situa��o de desmatamento, em vez de monitorar manualmente.
“O rob� de detec��o de desmatamento do TerraChange faz todo o trabalho, desde visitar �reas alvo do monitoramento at� detectar se houve ou n�o mudan�a na vegeta��o e, a partir disso, emitir o alerta que consiste na probabilidade de ser ou n�o desmatamento”, disse o desenvolvedor, que explicou que o programa foi criado do zero, sem se basear em tecnologias anteriores ou t�cnicas normalmente empregadas em detec��o de desmatamento.
“At� ent�o, quase todos os produtos, incluindo usados no monitoramento da Amaz�nia, s�o feitos com vis�o computacional tradicional. A grosso modo, � como se pegassem uma foto de sat�lite e jogassem alguns filtros para observar algumas quest�es com precis�o baixa”, explicou Ant�nio
Testes em Minas Gerais
O TerraChange foi desenvolvido em 2021, durante uma edi��o especial do Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development Minas Gerais (Seed-MG), um programa do Governo de Minas em que startups apresentam projetos de solu��o tecnol�gica para a gest�o p�blica mineira. O software fez parte de um desafio de identifica��o do desmatamento proposto pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG).
O instituto utilizou a tecnologia do TerraChange por um per�odo de teste de um ano, avaliando e sugerindo ajustes. Segundo os desenvolvedores, durante esse tempo foram emitidos 366 alertas de desmatamento, com uma precis�o de 88% constatado pelos t�cnicos do governo estadual - 322 alertas precisos.
Em um estado de 580 mil km², as �reas desmatadas identificadas e mapeadas, automaticamente pelo sistema somaram mais de 4100 hectares em menos de oito meses de trabalho.
“No nosso caso, a gente consegue trabalhar com precis�o em um estado muito heterog�neo (Minas Gerais), onde � muito dif�cil detectar o que � desmatamento e o que � corte de pasto, o que � corte de eucalipto e o que � corte de floresta nativa”, explicou Ant�nio.
“No nosso caso, a gente consegue trabalhar com precis�o em um estado muito heterog�neo (Minas Gerais), onde � muito dif�cil detectar o que � desmatamento e o que � corte de pasto, o que � corte de eucalipto e o que � corte de floresta nativa”, explicou Ant�nio.
Governo ainda busca solu��es
Em nota, o IEF-MG ressaltou que o Governo de Minas ainda avalia a possibilidade e a viabilidade de contrata��o de servi�os dessa natureza. Atualmente a detec��o do desmatamento � realizada por meio da an�lise visual de imagens de sat�lite, comparando imagens de datas diferentes.
As �reas identificadas como supress�o de vegeta��o s�o inseridas na base de dados do IEF e aquelas identificadas como irregulares (sem autoriza��o) s�o enviadas para a Diretoria de Fiscaliza��o da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) para as devidas provid�ncias.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Thiago Prata