Neste ano, valorizando ainda mais a hist�ria tricenten�ria, Ouro Preto, ex-Vila Rica, completa nove d�cadas como Monumento Nacional, decreto do ent�o presidente da Rep�blica Get�lio Vargas (1882-1954), estando o Centro Hist�rico tombado pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) desde 1938. �cone do Ciclo do Ouro, a cidade � um dos expoentes do roteiro tur�stico Estrada Real.
"A Imperial Cidade de Ouro Preto causa impacto pela autenticidade e originalidade do conjunto urbano, da paisagem, dos bel�ssimos museus e obras de arte que cont�m e casar�es hist�ricos. O t�tulo da Unesco s� aumenta nossa responsabilidade di�ria de zelar por esse patrim�nio", afirma o prefeito local, Angelo Oswaldo.
Imperial
Em 20 de mar�o de 1823, a antiga Vila Rica foi elevada � condi��o de cidade - e o t�tulo de "Imperial", concedido por dom Pedro I (1798-1834). Angelo Oswaldo conta que, nos per�odos colonial e imperial, a cidade era um t�tulo honor�fico dado a uma vila que, de fato, era a sede do munic�pio. "Tivemos no per�odo colonial, em Minas, 14 vilas, das quais apenas a Vila do Carmo, atual Mariana, tamb�m na Regi�o Central, ganhou a dignidade, em 1745, de se tornar cidade. Como primeira sede do bispado, ela teria que ser cidade, j� que a catedral n�o poderia ficar em uma vila."
Foi ent�o, acrescenta Angelo Oswaldo, que o imperador dom Pedro I resolveu elevar Vila Rica a cidade, citando a contribui��o que a localidade empreendeu para que o Brasil ficasse livre de Portugal. "Ouro Preto era o nome de toda a regi�o na qual foi encontrado o ouro recoberto por uma camada de �xido de ferro. Assim ficou o nome."
Patrim�nio
Quem caminha pelas ladeiras de Ouro Preto, localizada a 95 quil�metros de Belo Horizonte, faz uma viagem ao passado de Minas Gerais e � hist�ria da arte. Ber�o do mestre do barroco, Ant�nio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1914), a cidade abriga igrejas, capelas, orat�rios e outros monumentos que atraem turistas do mundo inteiro.
"Ouro Preto � Cidade Mundial, patrim�nio do planeta, dentro do programa da Unesco, criado em 1972, para salvaguardar os bens culturais que dizem respeito a todos os habitantes da Terra. E � pioneira no t�tulo que reconhece os valores excepcionais de uma lista que, no Brasil, chega a quase 20 bens culturais", destaca Angelo Oswaldo.
Conhe�a alguns destaques de Ouro Preto, cidade reconhecida como Patrim�nio Mundial:
- Museu da Inconfid�ncia, na Pra�a Tiradentes - Antigo pr�dio da Casa de C�mara e Cadeia, apresenta rico acervo, incluindo o Pante�o da Inconfid�ncia Mineira.
- Matriz de Nossa Senhora da Concei��o, no Bairro Ant�nio Dias - Rec�m-restaurado, o templo de 1770 guarda os restos mortais de Ant�nio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Parte do Museu Aleijadinho pode ser visitada na sacristia.
- Bas�lica de Nossa Senhora do Pilar, no Bairro Pilar - Cultura, arte, beleza e f� se unem no templo do s�culo 18 considerado dos mais belos e ricos em elementos art�sticos do pa�s.
- Igreja S�o Francisco de Assis, perto da Pra�a Tiradentes - Eleita uma das sete maravilhas de origem portuguesa no mundo, a sublime edifica��o tem obras de Aleijadinho e pinturas do Mestre Ata�de.
- Teatro Municipal, perto da Pra�a Tiradentes - Mais antiga casa de espet�culos, em funcionamento, das Am�ricas, a Casa da �pera data de 1770.
- Distrito de S�o Bartolomeu - Distante 18 quil�metros da sede municipal e conhecido internacionalmente, o vilarejo faz bonito com a produ��o de doces artesanais destacados como patrim�nio imaterial do munic�pio.
Datas importantes
Prote��oOuro Preto foi tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) em 1938.
Destaque
Em 1933, por decreto do presidente Get�lio Vargas, Ouro Preto se tornou Monumento Nacional.
Em 1933, por decreto do presidente Get�lio Vargas, Ouro Preto se tornou Monumento Nacional.
Reconhecimento mundial
De forma pioneira no Brasil, Ouro Preto foi reconhecida, em 1980, como Patrim�nio Mundial, pela Unesco.
Bicenten�rio
Em 2023, s�o celebrados os 200 anos de Ouro Preto como cidade e o t�tulo de "Imperial", concedido por dom Pedro I.