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Estado de Minas ARMADILHAS RODOVI�RIAS

BR-381: ponto mais letal em Minas n�o fica no trecho mais temido. Entenda

Famosa por ter entre BH e Jo�o Monlevade a Rodovia da Morte, BR-381 registra na por��o duplicada e com ped�gio seu km de maior viol�ncia, o 10� pior do pa�s


27/03/2023 04:00 - atualizado 27/03/2023 10:26
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Brumadinho, MG. Vista aérea da curva no km 528 da BR-381 (Fernão Dias), segundo levantamento dos Estado de Minas com dados da Polícia Rodoviária Federal, o que concentrou mais mortes em Minas entre 2020 e 2023
A "curva da morte" do Km 528 da BR-381, em Brumadinho: trecho �ngreme e sinuoso, que exige muito dos motoristas e dos ve�culos, sobretudo os de carga. Marcas no asfalto denunciam a viol�ncia (foto: Mateus Parreiras/EM/D.a press)

Em Brumadinho, na Grande BH, no trecho onde fica o ponto mais mortal da BR-381 em Minas e o 10º mais violento entre as BRs de todo o pa�s, com base em dados da Pol�cia Rodovi�ria Federal, a descida forte de curvas fechadas e em curtas sequ�ncias exige muito sobretudo dos ve�culos mais pesados e de seus motoristas.

“O principal problema de uma pista assim � o excesso de velocidade. O motorista tem de manter o ve�culo em baixa velocidade para ter as respostas nas sequ�ncias de curvas”, observa o caminhoneiro Anderson Santos, com a experi�ncia de quem transporta equipamentos entre Americana (SP) e Contagem, na Grande BH.

Mas, para isso, completa, � preciso tamb�m que os ve�culos tenham uma manuten��o muito boa. “Dependendo do peso que um caminh�o carrega, vai exigir bastante dos freios. Se os freios falham, � desastre na certa. Por isso, a manuten��o tem de ser feita em dia, a cada m�s ou quando tem problema. Al�m da seguran�a, isso traz economia, porque fazer reparo na estrada � muito mais caro”, explica o motorista profissional.

 

Na outra ponta da BR-381, no trecho conhecido como Rodovia da Morte, partindo de BH, o mais mortal dos sete trechos cr�ticos indicados pelo mapeamento com dados da PRF � uma travessia urbana do Bairro Feixos, em Jo�o Monlevade (veja arte na p�gina ao lado), onde bastaram dois acidentes para matar seis pessoas e ferir tr�s.

Naquele ponto, a estrada federal atravessa uma movimentada �rea de resid�ncias e com�rcio em ambas as margens, onde carros, motos e caminh�es cruzam de um lado para outro, muitos sem esperar pela sua vez em filas que por vezes se formam nos acostamentos e nas margens usadas como trevos. H� quebra-molas e placas alertando para essa travessia e determinando a redu��o de velocidade para 40 km/h, o que n�o evita que a imprud�ncia deixe marcas no lugar.

“O dia inteiro que voc� ficar parado aqui vai ver gente de um lado para o outro. Eles confiam demais. Confiam que os carros e as motos v�o reduzir no quebra-molas, mas tem carro que quer passar a carreta � no quebra-molas, ou moto que nem liga, a� joga mesmo o cidad�o a p� para o alto ou bate feio no carro que atravessa”, descreve o vendedor Amarildo dos Santos, de 48 anos, que passa pelo bairro todos os dias.

 

Causa e consequ�ncia

João Monlevade - MG. Carros atravessam a BR 381, em João Monlevade, onde, segundo dados estatísticos, o índice de acidentes com mortes é alto
Mistura de tr�fegos urbano e rodovi�rio, com ve�culos cruzando a perigosa BR-381, � um dos gargalos em Jo�o Monlevade (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)
O grande volume de tr�fego para as condi��es prec�rias e linhas mal concebidas s�o motivos que fazem do trecho duplicado e concedido da BR-381 (Sul - Rodovia Fern�o Dias) e do p�blico em duplica��o (Norte - BH/Governador Valadares) os que mais matam em Minas Gerais, segundo a avalia��o do engenheiro, consultor e especialista em transporte e tr�nsito M�rcio Aguiar.


“N�o adianta apenas duplicar uma estrada. � preciso equalizar a restaura��o com a adequa��o do tra�ado. Uma pista que tem curvas fortes, como a BR-381, seja na Rodovia da Morte ou na Fern�o Dias, quando ganhar mais uma pista na mesma geometria, vai comportar mais tr�fego a uma velocidade ainda maior”, observa o especialista.

“� preciso ter condi��o de investimentos que prevejam mudan�as de tra�ado e for�a para isso, e n�o apenas pensar em duplica��o. Essa mentalidade de simplesmente duplicar � ultrapassada e mostra que o Estado precisa renovar seus quadros t�cnicos”, afirma.

 


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