A “Opera��o Blaster”, desencadeada pela Pol�cia Federal (PF) nesta quinta-feira (30/03), tem o objetivo de combater o com�rcio ilegal de explosivos no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, al�m de investigar a possibilidade dos artefatos terem sido desviados para a explos�o de caixas eletr�nicos em ataques do chamado “Novo Canga�o”.
A informa��o foi repassada ao ESTADO DE MINAS pelo delegado Gilvan Cleofilas Garcia de Paula, chefe da Delegacia de Pol�cia Federal de Montes Claros - unidade respons�vel pela apura��o. Ele tamb�m informou que foram apreendidos cerca de R$ 10 mil com os investigados.

Durante a opera��o, foram cumpridos seis mandados de busca e apreens�o. Quatro pessoas prestaram depoimentos � PF. A a��o conta com o apoio do Ex�rcito, que atua na fiscaliza��o administrativa dos estoques de explosivos encontrados.
As investiga��es se concentram no munic�pio de Coronel Murta, onde, de acordo com o trabalho policial, ficam sediadas as empresas respons�veis pelo com�rcio irregular dos artefatos explosivos.

As investiga��es foram iniciadas em 2 de dezembro, quando dois suspeitos foram presos pela Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) na BR-251, no munic�pio de Gr�o Mogol, na mesma regi�o, fazendo o transporte ilegal de mais de uma tonelada de explosivos.
Conforme revelou o Estado de Minas, na ocasi�o, a descoberta do material ocorreu por um acaso. Uma equipe da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) fazia patrulha na rodovia quando avistou uma caminhonete parada no acostamento com os pneus estourados, por isso parou para oferecer aux�lio. Os dois ocupantes do ve�culo demonstraram nervosismo e os policiais acabaram encontrando os explosivos dentro do ve�culo.
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Os dois homens, que transportavam a “carga explosiva” em dire��o ao Par� foram presos e encaminhados para a Delegacia de Pol�cia Federal em Montes Claros. Com as pris�es, a PF descobriu que os explosivos foram vendidos ilegalmente por operadores de empresas atuantes na �rea de explos�es e demoli��es.
Foram encontradas 1.260 unidades de dinamite, 1.250 metros de fio detonador n�o el�trico e 18 caixas de espoleta.
Ainda durante a apreens�o, em dezembro, os dois suspeitos disseram que tinham adquirido os explosivos em Salinas, no Norte do estado. Ao aprofundar nas investiga��es, a Pol�cia Federal descobriu que as empresas que venderam irregularmente os explosivos eram sediadas em Coronel Murta (Vale do Jequitinhonha), 78 quil�metros distante de Salinas.
“As empresas adquiriram legalmente os explosivos. Entretanto, a ocorr�ncia do com�rcio irregular est� sendo objeto desta investiga��o no intuito de apurar a exist�ncia de outras vendas, al�m da possibilidade de que os explosivos desviados tenham sido utilizados para explos�o de caixas eletr�nicos”, informou o delegado Gilvan Garcia.