
O objetivo da inspe��o foi averiguar as causas de rachaduras nas paredes da constru��o, uma das igrejas mais antigas de Minas Gerais, datada de 1688.
A vistoria foi solicitada pelo administrador diocesano de Janu�ria, padre Natelson Coutinho, que, em plena Semana Santa, interditou o templo hist�rico e gravou v�deo, pedindo aos fieis e turistas para n�o visitarem o local, para “n�o comprometer ainda mais” o problema das rachaduras nas paredes da edifica��o.
Na tarde desta ter�a-feira, o Iepha–MG informou que o estudo sobre as condi��es estruturais da igreja hist�rica dever� ser finalizado em at� 10 dias. O �rg�o salienta que a inspe��o no antigo templo envolve um “trabalho minucioso” realizado por seus t�cnicos, visando “identificar o estado atual da edifica��o”.
O padre Natelson Coutinho disse que a Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio vai permanecer fechada, pelo menos at� o resultado do laudo da inspe��o do IEPHA-MG, que tamb�m vai apontar quais as interven��es dever�o ser feitas para a recupera��o do templo e para garantir a seguran�a dos seus visitantes e frequentadores.
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Tombada pelo Patrim�nio Hist�rico Estadual, a Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio passou por obras de restaura��o do seu telhado e espa�o interno h� quatro anos. No in�cio dos anos 2000, a mesma capela hist�rica ganhou notoriedade no notici�rio depois que um sino com peso de 250 quilos foi roubado no local.
Apesar do grande peso da pe�a, ningu�m viu quem roubou o sino, que jamais foi recuperado. A igreja fica situada fora da �rea urbana do distrito, condi��o que contribuiu para o furto do sino n�o fosse percebido.
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Templo mais antigo de Minas
A Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio foi construida em 1688, quando se iniciou o povoamento de Minas Gerais e sofreu acr�scimo at� os anos 1700.
O antrop�logo e historiador Jo�o Batista Almeida Costa, que fez estudos sobre a regi�o, afirma que a constru��o � o “templo religioso” mais antigo de Minas Gerais, sendo erguida antes da Matriz de Nossa Senhora da Concei��o, de Matias Cardoso (mesma Regi�o do Vale do S�o Francisco), datada de 1696.
O historiador afirma que as constru��es dos dois templos e a ocupa��o do Vale do Rio S�o Francisco ocorreram antes da descoberta do ouro na Regi�o de Sabar�, Ouro Preto e Mariana.
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Ainda segundo ele, a capela de Brejo do Amparo foi constru�da por um parente do bandeirante Mathias Cardoso de Almeida. A nave (parte central) conta com dois altares, que ainda est�o relativamente preservados, apesar do abandono do pr�dio hist�rico.