Manifestantes queimam catraca de papel em frente � PBH

O primeiro protesto contra o aumento da tarifa dos �nibus de Belo Horizonte, que passou de R$ 4,50 para R$ 6, aconteceu na noite desta ter�a-feira (25/4), na avenida Afonso Pena, em frente ao pr�dio da prefeitura da capital. Divulgado pelo movimento Tarifa Zero, o ato partiu da Pra�a Sete e seguiu em dire��o � sede do executivo. 

Sob os gritos de “poder para o povo” e “poder do povo”, centenas de manifestantes pediam a revoga��o da nova tarifa do transporte p�blico, que � considerada a mais cara do pa�s. J� em frente ao pr�dio da PBH, os participantes atearam fogo em uma escultura que simbolizava as catracas dos coletivos.

Durante o ato, o tr�nsito sentido contr�rio � rodovi�ria foi bloqueado. A concentra��o come�ou por volta das 18h e se dissipou �s 20h. A Guarda Civil Municipal participou da a��o para garantir a seguran�a de todos. 

O an�ncio do aumento da passagem foi feito na �ltima quarta-feira (18/4) pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Segundo o Executivo, o reajuste fica em vigor at� a aprecia��o do Projeto de Lei 538/2023 na C�mara Municipal (CMBH). A proposta prev� um subs�dio de mais de R$ 476 milh�es �s concession�rias de �nibus. Segundo a prefeitura, caso o valor seja aprovado, haveria a manuten��o da tarifa em R$ 4,50.

O PL em quest�o foi recebido com cr�ticas pelos vereadores da capital, que querem que contrapartidas sejam exigidas das empresas para benef�cio dos passageiros. O projeto est� parado na C�mara, enquanto vereadores discutem, ao menos, duas formas de evitar que o aumento da tarifa seja levado a cabo.

Poucas horas antes da manifesta��o, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), e o presidente da C�mara Municipal (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), se reuniram para discutir a situa��o da passagem dos �nibus da capital. No encontro, o vereador prop�s uma emenda substitutiva ao PL 538/2033, que prev� subs�dio �s empresas de �nibus. A previs�o � que o prefeito analise as propostas e responda at� a tarde desta quarta-feira (26/4).

O texto proposto por Gabriel aponta que a aprova��o do PL determina a tarifa principal da cidade no valor antigo de R$ 4,50, al�m de medidas como o corte do subs�dio em viagens que aconte�am sem ar condicionado e condi��es b�sicas de manuten��o e limpeza.

O pre�o final das passagens ainda foi colocado de forma indefinida pelo prefeito. Em entrevista ap�s a reuni�o, Fuad disse que o valor da tarifa � inversamente proporcional ao do subs�dio.