
De acordo com Cl�udio Jorge, da Claro Avia��o, dos 54 funcion�rios, cerca de 30 ser�o demitidos at� o fim de maio. "Neste primeiro momento, estou tentando finalizar os servi�os que j� estavam em andamento. Eram diversos funcion�rios, entre mec�nicos, administrativos, pintores etc. Infelizmente, estou tendo que demitir 30. Se eu n�o conseguir um novo local para instalar empresa, ser�o ainda mais pessoas. � poss�vel at� que feche o empreendimento, se n�o houver outra estrutura", diz.

Outra empresa que tamb�m atuava na manuten��o de aeronaves no Carlos Prates tamb�m afirmou que j� despediu 10 colaboradores. A respons�vel, que preferiu n�o se identificar, informou que a situa��o est� "muito delicada e todos est�o bastante chateados. Mudar de local � muito s�rio e dispendioso, al�m de depender de v�rios fatores", comenta.
Relembre
Por determina��o da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), em documento assinado no dia 16 de dezembro de 2022, o local foi fechado em 1° de abril deste ano. A situa��o ficou entre os principais assuntos depois que um avi�o caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanh�s, em 14 de mar�o, enquanto tentava pousar na pista. O piloto, Jos� Luiz de Oliveira Filho, de 65 anos, morreu.
A conversa de fechamento, por�m, n�o era novidade. H� mais de 70 anos em funcionamento, o terminal foi espremido pelo crescimento da Regional Noroeste e os acidentes a�reos j� motivaram muitas discuss�es pelo fim das suas atividades. Entre 2004 e 2020, foram houve 47 ocorr�ncias relacionadas ao terminal, sendo sete acidentes, cinco mortos e seis feridos, segundo levantamento da Casa Comum, escola de forma��o pol�tica do N�cleo de Estudos Sociopol�ticos da PUC Minas.
A pauta foi discutida em Bras�lia e atestada com a portaria da Anac. Mesmo assim, o prazo foi criticado, e apesar da decis�o de fechar as portas, o novo destino das escolas e demais empresas, al�m dos alunos, n�o foi previamente decidido.
Em 1° de abril, o local foi fechado, proibido para pousos e apenas decolagens est�o permitidas, para levar as aeronaves embora. Desde ent�o, equipes da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) foram posicionadas em todas as portarias e poss�veis locais de acesso para controlar as visitas.
Anteriormente, o lugar era administrado pelo governo federal, mas agora, a Prefeitura de Belo Horizonte assumiu a dire��o e prop�e explorar o local como um bairro. Em entrevista ao Estado de Minas, o poder municipal divulgou um desenho com a poss�vel proposta, que inclui �reas industriais, moradias populares, escolas, unidades de Sa�de e �reas de lazer.