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Estado de Minas UM M�S DEPOIS

Aeroporto Carlos Prates: 40 pessoas j� perderam o emprego em um m�s

Empresas que operavam no aeroporto alegam que todas as atividades foram interrompidas e n�o t�m para onde ir com a estrutura necess�ria para funcionamento


28/04/2023 12:44 - atualizado 28/04/2023 13:12
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portaria do Aeroporto Carlos Prates
Fechamento completa um m�s em 1� de maio (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
Quase um m�s ap�s o fechamento do Aeroporto Carlos Prates, ao menos 40 pessoas j� foram demitidas das empresas que operavam no local. Mec�nicos, engenheiros e pessoal administrativo est�o na lista, que pode ser cada vez maior, segundo os donos dos estabelecimentos.

De acordo com Cl�udio Jorge, da Claro Avia��o, dos 54 funcion�rios, cerca de 30 ser�o demitidos at� o fim de maio. "Neste primeiro momento, estou tentando finalizar os servi�os que j� estavam em andamento. Eram diversos funcion�rios, entre mec�nicos, administrativos, pintores etc. Infelizmente, estou tendo que demitir 30. Se eu n�o conseguir um novo local para instalar empresa, ser�o ainda mais pessoas. � poss�vel at� que feche o empreendimento, se n�o houver outra estrutura", diz. 

A estrutura em quest�o n�o � apenas pista para pousos e decolagens, mas um local que tenha todas as autoriza��es de funcionamento, tanto para operar aeronaves, quanto para consertos, abertura de empresas, salas espec�ficas entre outras necessidades, como explica Est�van Velasquez, presidente da Associa��o Voa Prates. "N�o � s� porque tem uma pista, que est� funcionando, isso depende de uma s�rie de fatores. Os avi�es que conseguiram tirar daqui foi no desespero, j� que n�o iam poder voltar. Mas n�o quer dizer que a opera��o est� funcionando em algum lugar. S� para uma escola dessas funcionar, precisa de banheiros femininos e masculinos, salas de reuni�o, diretoria, secretaria e mais outras exig�ncias". 

Homem em frente à portaria com viaturas ao fundo
Est�van Velasquez, presidente da Associa��o Voa Prates diz que a mudan�a de local n�o � simples (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
Ele ainda aponta que das cinco escolas de avia��o, nenhuma conseguiu ser reinstalada em outros lugares. "Na minha empresa mesmo, a VelAir, dos 170 estudantes apenas um pediu para ser transferido. A maioria s�o alunos do Fies, n�o t�m condi��o de ir para outra cidade e treinar. Aqui era um aeroporto de ferramenta de trabalho. Por causa disso, os mais de 500 funcion�rios diretos j� come�aram a ser demitidos", diz. 

Outra empresa que tamb�m atuava na manuten��o de aeronaves no Carlos Prates tamb�m afirmou que j� despediu 10 colaboradores. A respons�vel, que preferiu n�o se identificar, informou que a situa��o est� "muito delicada e todos est�o bastante chateados. Mudar de local � muito s�rio e dispendioso, al�m de depender de v�rios fatores", comenta.

Relembre

Por determina��o da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), em documento assinado no dia 16 de dezembro de 2022, o local foi fechado em 1° de abril deste ano. A situa��o ficou entre os principais assuntos depois que um avi�o caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanh�s, em 14 de mar�o, enquanto tentava pousar na pista. O piloto, Jos� Luiz de Oliveira Filho, de 65 anos, morreu. 
A conversa de fechamento, por�m, n�o era novidade. H� mais de 70 anos em funcionamento, o terminal foi espremido pelo crescimento da Regional Noroeste e os acidentes a�reos j� motivaram muitas discuss�es pelo fim das suas atividades. Entre 2004 e 2020, foram houve 47 ocorr�ncias relacionadas ao terminal, sendo sete acidentes, cinco mortos e seis feridos, segundo levantamento da Casa Comum, escola de forma��o pol�tica do N�cleo de Estudos Sociopol�ticos da PUC Minas.

A pauta foi discutida em Bras�lia e atestada com a portaria da Anac. Mesmo assim, o prazo foi criticado, e apesar da decis�o de fechar as portas, o novo destino das escolas e demais empresas, al�m dos alunos, n�o foi previamente decidido. 

Em 1° de abril, o local foi fechado, proibido para pousos e apenas decolagens est�o permitidas, para levar as aeronaves embora. Desde ent�o, equipes da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) foram posicionadas em todas as portarias e poss�veis locais de acesso para controlar as visitas. 

Anteriormente, o lugar era administrado pelo governo federal, mas agora, a Prefeitura de Belo Horizonte assumiu a dire��o e prop�e explorar o local como um bairro. Em entrevista ao Estado de Minaso poder municipal divulgou um desenho com a poss�vel proposta, que inclui �reas industriais, moradias populares, escolas, unidades de Sa�de e �reas de lazer. 


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