
Aposentados e pensionistas da antiga Minascaixa reclamam da falta de pagamento dos benef�cios. Os pagamentos, que s�o de responsabilidade do Estado, est�o paralisados h� 60 dias, prejudicando cerca de 533 benefici�rios.
O banco Minascaixa foi privatizado e extinto no in�cio da d�cada de 1990, fazendo com que todos os funcion�rios fossem realocados para outros setores do Governo. Na �poca, a promessa era de que os aposentados e pensionistas recebessem os benef�cios de forma vit�licia, o que era de responsabilidade da Funda��o Libertas.
Por meio de uma lei publicada em 2014, os recursos para o pagamento dos benef�cios foram transferidos para o Governo do Estado. A Funda��o Libertas transferiu 200 milh�es de reais para a conta do executivo. “Um dos problemas � que o dinheiro foi transferido para o Caixa �nico do Estado, n�o ficou reservado em um plano de pens�o e aposentadoria e n�o foi fiscalizado da forma que deveria.”, explica o advogado Marco Aur�lio Corr�a, que defende dezenas dos prejudicados pela falta de pagamento dos benef�cios. “O Estado assumiu 200 milh�es de reais e assumiu o compromisso de continuar pagando essas pessoas. Os benefici�rios mant�m seus direitos mesmo se o dinheiro acabar.”, continua.
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Cidad�os prejudicados
Maria Elizabeth Soares aponta como a falta de recebimento da pens�o do seu falecido marido, ex-funcion�rio do MinasCaixa, tem prejudicado a sua vida. “Estou desorientada, acamada com duas cuidadoras que meu sal�rio n�o pode pagar. Est� dif�cil.", afirma a senhora de 80 anos.
Assim como ela, Maria Jos� Ribeiro de 66 anos, aposentada por invalidez, reclama da falta do benef�cio e tamb�m da falta de informa��es por parte do Governo. “O Estado n�o fez nenhum tipo de comunica��o, n�o deu nenhum tipo de aviso pr�vio. Est� uma agonia, a gente trabalha a vida toda e no final � deixado na m�o desse jeito, quem � velho quer pelo menos ter dignidade no final da vida.”
Al�m da falta de informa��es no portal do servidor, os benefici�rios tamb�m reclamam que os valores est�o discriminados nos contracheques mesmo com a falta de pagamento.
A reportagem procurou o Governo de Minas Gerais mas n�o obteve retorno at� a publica��o.
*Estagi�ria com supervis�o do subeditor Diogo Finelli