
Em entrevista ao Estado de Minas, o advogado do delegado Fernando Magalh�es explicou que h� um tempo Rafael precisou fazer um procedimento cir�rgico que necessitava de manuten��o de curativos, como p�s-operat�rio. No entanto, as condi��es sanit�rias da Casa de Cust�dia n�o s�o adequadas para a perman�ncia do delegado no local.
Magalh�es explica que a casa � antiga, com limita��es de higiene e possui infesta��es de insetos. “N�o � uma den�ncia � administra��o do local, a chefe respons�vel pela Casa de Cust�dia faz de tudo para criar um ambiente adequado, mas o Estado n�o oferece condi��es suficientes. [...] N�o � um local adequado para a recupera��o de um enfermo, principalmente algu�m que esteja com risco de infec��es. � uma casa cedida, antiga, com limita��es da pr�pria assepsia, infestada de insetos, baratas. � importante falar que essa situa��o tamb�m n�o � em decorr�ncia da falta de zelo das funcion�rias da limpeza”.
Ainda segundo o defensor, devido �s condi��es inapropriadas, o cliente pegou v�rias infec��es no local onde havia feito cirurgia. E, em decorr�ncia delas, teve que realizar outro procedimento operat�rio. O delegado est� h� 15 dias em um hospital particular de BH, sendo custeado pelo seu plano de sa�de.
“N�s pedimos diversas vezes para a ju�za do caso que ele (delegado) pudesse se recuperar em casa. Mas a magistrada vem ignorando o direito ao tratamento. N�s tamb�m tentamos que o Estado custeasse o tratamento da infec��o, o que tamb�m foi negado”, informou Fernando Magalh�es.
Na pr�xima semana, o delegado ter� outra audi�ncia para decidir se ele poder� aguardar o julgamento do j�ri popular em liberdade.
Relembre o caso
No dia 26 de julho de 2022, o delegado Rafael de Souza Hor�cio matou o motorista de reboque Anderson C�ndido de Melo, na avenida do Contorno, em Belo Horizonte, durante uma briga de tr�nsito. A discuss�o teria come�ado ap�s o carro em que o delegado estava supostamente ser fechado pelo ve�culo da v�tima.
O delegado ent�o sacou a arma e atirou em dire��o ao caminh�o, acertando a v�tima no pesco�o. Anderson chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Jo�o XXIII, mas morreu pouco depois de dar entrada no atendimento. Ele foi indiciado por homic�dio qualificado por motivo f�til.
Anderson era casado, tinha quatro filhos e um neto de cinco anos. Al�m de motorista, atuava como mec�nico.
O delegado do Departamento Estadual de Combate ao Narcotr�fico da Pol�cia Civil (Denarc) j� havia sido condenado por um crime parecido quando trabalhava na cidade de Alfenas, no Sul de Minas. Na ocasi�o, ele atirou e matou dois homens que estavam em um carro. Ele foi condenado a cumprir medidas cautelares. Segundo a investiga��o da �poca, as v�timas eram suspeitas de tr�fico de drogas.