Minas registra 18 desaparecimentos de pessoas por dia

Minas Gerais registrou uma m�dia de 18,5 desaparecimentos por dia em 2022, de acordo com o Diagn�stico de Pessoas Desaparecidas e Localizadas nas Regi�es Integradas de Seguran�a P�blica de Minas Gerais, divulgado pela Pol�cia Civil (PC) nesta quinta-feira (25/5). A data � considerada o Dia Internacional da Crian�a Desaparecida.

O relat�rio, que compreende o per�odo de 2020 a 2022, apontou que no ano passado 6.758 pessoas desapareceram no estado. O n�mero caiu em rela��o a 2020 e 2021, que registraram, respectivamente, 6.857 e 6.846 ocorr�ncias do tipo.

Em 2022, dos 6.758 desaparecidos, foram encontrados 4.356. Isso representa 64,4% de sucesso na localiza��o destas.

A PC informou que entre 2020 e 2022, 48 pessoas foram localizadas mortas, v�timas de morte violenta intencional (MVI). Dessas, 44 foram v�timas de homic�dio e quatro de latroc�nio (roubo seguido de morte). 

Somando os tr�s anos considerados no levantamento, 20.461 pessoas foram dadas como desaparecidas em Minas Gerais. Desses, 13.184 s�o homens e 7.270 mulheres. Sete tiveram seu g�nero ignorado.

Em rela��o � faixa et�ria dos desaparecidos, 7,7% foram idosos, 64,7% adultos, 25,11% adolescentes e 2,48% crian�as. De acordo com a Pol�cia Civil, o maior n�mero de desaparecimentos s�o de homens adultos.

Quando o assunto � a cor da pele, 46,71% dos desaparecidos entre 2020 e 2022 s�o pardos, 26,31% brancos, 15,67% negros, 0,49% amarelos e 0,10% albinos. Os dados da PC mostram ainda que 10,73% das pessoas desaparecidas tiveram a cor da pele ignorada.

Os gr�ficos mostram ainda que pessoas com menor escolaridade desaparecem mais. A cada aumento do n�vel de forma��o, h� uma diminui��o de registros.

O levantamento mostra que a maior parte dos desaparecimentos de adultos ocorre por hist�rico de depress�o (40,11%), uso de bebida alco�lica (59,80%), uso de medicamento controlado (34,37%) e uso de subst�ncia t�xica (41,99%).

As principais causas de desaparecimento de adolescentes s�o a primeira aus�ncia (55%), conflito familiar (34,14%) e uso de subst�ncia t�xica (27,99%).

Os desaparecimentos de idosos, por sua vez, s�o motivados em sua maioria por uso de medicamento controlado (55,01%), uso de bebida alco�lica (36,29%) e hist�rico de depress�o (33,82%).

J� as crian�as desaparecem, em maioria, por conflito familiar (21,85%) e uso de medicamento controlado (7,68%).

� importante ressaltar que � poss�vel assinalar mais de uma motiva��o de desaparecimento para uma �nica pessoa. N�o foram consideradas, na mat�ria, as primeiras aus�ncias.

 

Entre os alertas ativos de desaparecimento, que s�o aqueles ainda abertos, a Pol�cia Civil registrou 2.215 em 2020, 2.412 em 2021 e 2.832 em 2023. � importante ressaltar que n�o necessariamente esses dados refletem fielmente o n�mero de pessoas que ainda n�o foram encontradas. � poss�vel que pessoas sejam encontradas ou voltem para as suas casas sem que isso seja comunicado �s autoridades.

Entre esses alertas ativos, que somados no per�odo de tr�s anos chegam a 7.459, 67,89% eram de pessoas do sexo masculino e 32,11% do feminino. Al�m disso, os registros contam que 71,38% eram adultos, 18,11% adolescentes, 9,42% idosos, 1,03% crian�as e 0,05% tiveram a idade ignorada.

A PC informou, ainda, que 79,95% dos Procedimentos Investigat�rios de Pessoas

Desaparecidas (PIPD) foram encerrados em menos de um ano ap�s sua abertura, 6,14% foram finalizados em um ano, 4,63% em dois anos, 2,46% em tr�s anos, 1,56% em quatro anos e 5,26% num per�odo acima de cinco anos.

Dos PIPDs instaurados em 2020, 2021 e 2022, 82.36% foram fechados e 17.64% ainda est�o em aberto.