
O documento traz problemas como a omiss�o, por parte do diret�rio, de R$ 40 mil recebidos de uma empresa de apostas on-line, omiss�o do fluxo de caixa referente ao bloco de carnaval “Filhos da PUC” e transa��es que chegam a R$ 4 mil para contas pessoais de estudantes da faculdade. O gasto de R$ 55 em um motel, que gerou revolta dos alunos, j� havia sido esclarecido na presta��o anterior e o valor foi restitu�do horas depois de ter sido gasto, ficando de fora do documento.
O que diz o presidente do DCE
O representante m�ximo do Diret�rio Central dos Estudantes, Gabriel Luna, justifica que pagamentos via Pix enviados �s contas pessoais de alunos s�o referentes a servi�os prestados ao DCE. Algumas transfer�ncias consideradas "exorbitantes" por estudantes e que foram enviadas a uma aluna da faculdade de Direito, de acordo com ele, serviram para pagar o aluguel de uma m�quina de algod�o doce usada nos diret�rios acad�micos da faculdade. Al�m desse gasto, Gabriel conta que todos os demais tamb�m s�o justific�veis e regulares.
O dinheiro gasto em um motel, como afirma Gabriel, foi movimentado pelo tesoureiro do DCE, que tamb�m tem acesso � conta banc�ria do �rg�o. O presidente, diante do ocorrido, conta que pediu ao tesoureiro que se afastasse do cargo, temendo retalia��es � gest�o, que j� vinha sendo pressionada desde o embate judicial pelo bloco “Filhos da PUC”.
Quanto ao pedido de cassa��o da gest�o, Gabriel avalia a decis�o como “mais pol�tica do que racional” e enxerga a situa��o como “anti-estatut�ria e anti-democr�tica”, porque, de acordo com ele, na assembleia de presta��o de contas estavam representados apenas sete dos 24 diret�rios acad�micos da faculdade, em uma “sala com 15 pessoas”. Conforme o presidente, se o pedido seguir, ele pretende judicializar a quest�o.
O que diz o secret�rio-geral do DCE
Leonardo Soriano, secret�rio-geral da atual gest�o, conta que o problema resultou em uma “briga pessoal e pol�tica” envolvendo o presidente, Gabriel Luna, e o tesoureiro, Vin�cius Ricardo, que, ainda conforme Leonardo, foi for�ado a renunciar sem a convoca��o de uma assembleia, como � previsto no estatuto do DCE. Consta no artigo 7º do estatuto que “a exclus�o de qualquer membro acontecer� atrav�s de comunica��o escrita e ser� registrada em Conselho de DA/CA”, o que n�o ocorreu no caso, apesar de o tesoureiro ter sido afastado mesmo assim.
Al�m desta, existiriam outras irregularidades, como a omiss�o do destino do dinheiro que saiu da conta do diret�rio para contas pessoais e a movimenta��o financeira por parte do presidente, que tem acesso � conta e assina os documentos referentes �s transa��es, mas n�o tem autoriza��o para realizar transfer�ncias banc�rias.
No que diz respeito � assembleia de presta��o de contas, o Conselho de DAs e CAs decidiu, por unanimidade, que a gest�o fosse cassada. Leonardo explica que, dos 24 diret�rios acad�micos, apenas 12 t�m poder de voto, porque os demais n�o s�o regularizados juridicamente. Dos 12 DAs, 8 estavam representados na reuni�o e votaram de acordo com a cassa��o.
O que diz o tesoureiro
Vin�cius Ricardo, o tesoureiro, conta que ainda n�o houve uma assembleia para destitu�-lo, mas j� n�o acompanha e opera mais a conta banc�ria do DCE. Ele diz que participou das reuni�es em que as presta��es foram reprovadas pelo Conselho e relata que, no caso dos R$ 40 mil doados pelo site de apostas para o bloco “Filhos da PUC”, n�o houve contrato de patroc�nio nem emiss�o de notas fiscais comprovando o destino do dinheiro.
De acordo com Vin�cius, foram realizadas transa��es banc�rias com o seu c�digo de operador, mas que n�o foram feitas por ele. Quanto ao gasto com motel, ele admite ter errado, mas disse que restituiu o dinheiro da conta horas depois e j� apresentou os documentos que comprovam isso ao Conselho de DAs e CAs.
Depois disso, o tesoureiro conta que sofreu amea�as para que abandonasse o cargo e que, ao buscar a orienta��o do presidente do DCE, Gabriel Luna teria lhe dito para fazer primeiro um Pix para a sua conta pessoal antes de transferir o dinheiro do Diret�rio para o motel, para que o gasto pudesse ser justificado como presta��o de servi�o mediante o Conselho e os estudantes.
Posicionamento da PUC Minas e do Conselho de DAs e CAs
O Conselho de Diret�rios Acad�micos (DAs) e Centros Acad�micos (CAs) da PUC Minas escolheu n�o se posicionar a respeito do caso at� que a den�ncia feita ao Minist�rio P�blico seja resolvida. J� a Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais informou que “esta � uma quest�o que diz respeito ao �mbito da representa��o estudantil” e que “n�o cabe � Universidade se manifestar sobre o assunto".
