
Mas nem sempre foi assim. A morte de um garoto de dez anos, Thales Cruz, em setembro de 2016, afastou frequentadores da regi�o. A causa foi febre maculosa —o menino tinha visitado um parque �s margens da lagoa e a suspeita � que tenha contra�do l� a doen�a.
Naquela �poca, o local concentrava um grande n�mero de capivaras, animais consideradas hospedeiros da bact�ria causadora da febre maculosa.
Para tentar resolver o problema, a prefeitura iniciou programa para restringir a reprodu��o dos animais na lagoa.
Com isso, a partir de 2017 as capivaras passaram a ser esterilizados, microchipados e submetidos a um censo. A contagem mostrou que havia 56 delas na bacia. No ano passado, em novo levantamento, foram registrados 12 animais na regi�o.
Al�m da esteriliza��o, conforme a prefeitura, outros fatores contribu�ram naturalmente para a redu��o das capivaras na Pampulha, como mortes por idade e disputas por territ�rio com outros animais.
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Ainda segundo a gest�o municipal, outro fator que ajudou nessa redu��o foi o fato de a lagoa estar isolada em um meio urbano, sem comunica��o com outras �reas nas quais poderiam viver mais animais da esp�cie.
"Uma vez que a lagoa � um ambiente relativamente isolado pela urbaniza��o ao redor, outras capivaras n�o chegaram ao local e a popula��o se manteve est�vel, sem reprodu��o e diminuindo naturalmente, como era esperado", diz a prefeitura.
Atualmente, n�o h� registro de febre maculosa na cidade.
"As medidas tomadas em rela��o � Lagoa da Pampulha foram se complementando, mas o principal � sempre a conscientiza��o da popula��o de que em determinados locais pode haver o risco da doen�a", afirma o diretor de zoonoses da prefeitura, Eduardo Viana Gusm�o.