
O delegado Itamar Cla�dio Netto e o investigador Celso Trindade eram os principais alvos das den�ncias de Rafaela, que os acusava de ass�dio moral e sexual. Na �ltima sexta (23/6), eles foram transferidos para a Delegacia de Conselheiro Lafaiete, na regi�o Central do estado.
O novo posto de trabalho dos servidores � o mesmo onde est� lotada uma outra escriv�, citada por Rafaela em um dos �udios. “Acreditamos que possa haver o risco dessas transfer�ncias causarem constrangimentos a eventuais testemunhas que possam ser arroladas nas investiga��es”, diz a nota do sindicato.
“Por ora, consideramos que seria razo�vel o afastamento preliminar dos investigados at� a conclus�o do procedimento instaurado, pois evitaria constrangimentos a eventuais v�timas ou testemunhas durante as investiga��es em curso”, completa a nota.
Relembre o caso
Rafaela Drumond, de 32 anos, foi v�tima de suic�dio. No �ltimo dia 9, ela estava na casa dos pais, na cidade de Ant�nio Carlos, na regi�o do Campo das Vertentes, quando tirou a pr�pria vida.
A escriv� trabalhava em uma delegacia em Caranda�. Nos �ltimos meses, Rafaela teve mudan�as em sua personalidade, passando a ficar mais retra�da e calada. O fato chegou a incomodar os pais que, ap�s uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso da institui��o.
Semanas antes do ocorrido, Rafaela chegou a denunciar casos de ass�dio moral e sexual dentro da delegacia em que era lotada. Imagens e �udios que circulam nas redes sociais mostram relatos da policial que, em alguns deles, detalha os ass�dios que sofria. Ela tamb�m reclamava das escalas de trabalho e da falta de folgas.
“Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele come�ou a falar na minha cabe�a, e eu ficava com cara de deboche, n�o respondia esse grosso. De repente ele falava que pol�cia n�o � lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos �udios.
“Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele come�ou a falar na minha cabe�a, e eu ficava com cara de deboche, n�o respondia esse grosso. De repente ele falava que pol�cia n�o � lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos �udios.