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Estado de Minas ASS�DIOS E SA�DE MENTAL

Caso de escriv� de Caranda� ser� discutido em comiss�o na ALMG

Reuni�o da Comiss�o de Seguran�a P�blica, da ALMG, acontece nesta sexta-feira; escriv� tirou a pr�pria vida no in�cio de junho


26/06/2023 20:18 - atualizado 26/06/2023 20:38
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Rafaela Drummond, escrivã da PCMG que tirou a própria vida
Rafaela trabalhava em uma delegacia em Caranda� e relatou a amigos e familiares situa��es de abuso e ass�dio por parte de colegas homens. (foto: Redes Sociais / Reprodu��o)
Os relatos de ass�dios dentro da Pol�cia Civil de Minas Gerais expostos ap�s a morte da escriv� Rafaela Drummond, que tirou a pr�pria vida no dia 9 de junho, ser�o alvo de debate na Comiss�o de Seguran�a P�blica da Assembleia Legislativa (ALMG). A mulher de 31 anos trabalhava em uma delegacia em Caranda�, na Regi�o Central do estado, e relatou a amigos e familiares situa��es de abuso e ass�dio por parte de colegas homens. 
A audi�ncia p�blica vai acontecer na sexta-feira (30/6), �s 13h, no Audit�rio Jos� Alencar da ALMG, em Belo Horizonte. A reuni�o tem o objetivo de debater o caso de Rafaela como tamb�m a atual situa��o da sa�de mental dos servidores da PCMG. 

Em entrevista ao Estado de Minas, no dia 14 de junho, o diretor do Sindicato dos Escriv�es de Pol�cia do Estado de Minas Gerais (Sindep-MG), Marcelo Horta, afirmou que o dia a dia dos agentes � estressante, e, normalmente, � somado a um ambiente de trabalho pouco saud�vel.  “A gente entende que � uma trag�dia o que aconteceu. � uma trag�dia anunciada. O sindicato tem atuado fortemente no combate ao ass�dio que � uma coisa terr�vel que acontece na pol�cia.”

De acordo com a Comiss�o de Seguran�a P�blica, os agentes da corpora��o se sentem vulner�veis diante de persegui��es que ocorrem na institui��o, devido � falta de efetivo, � sobrecarga de trabalho e � falta de equipamentos para a devida presta��o da pol�tica p�blica, com convoca��o da chefe da Pol�cia Civil, do secret�rio de Estado de Governo e da secret�ria de Estado de Planejamento e Gest�o.

Investiga��o 

Na �ltima quinta-feira, a Corregedoria-Geral da Pol�cia Civil de Minas Gerais anunciou que tomou a frente da investiga��o “de forma exclusiva” sobre a morte de Rafaela. Com isso, tanto a presid�ncia do inqu�rito policial, quanto a apura��o do processo disciplinar do caso ser�o feitas pela sess�o. “A PCMG refor�a que as investiga��es continuar�o sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial.”
Em �udios aos quais a reportagem do Estado de Minas teve acesso, e que j� est�o sendo periciados pelos �rg�os competentes, evidenciam a rotina de trabalho conturbada vivida pela escriv� na delegacia de Pol�cia Civil de Caranda�. Em uma das mensagens enviadas para uma amiga, a mulher detalha como foi uma discuss�o com o delegado da unidade policial.

A briga teria come�ado por causa de um pedido de mudan�a na escala de folgas, uma das principais reclama��es da escriv� enquanto trabalhava. “Ele falou que eu tinha cismado com isso, falando que ele tava de implic�ncia. Ele disse que eu n�o gosto de receber ordens. Mas n�o � isso, ele estava implicando por causa do carnaval”, disse.

A infelicidade com o delegado continua em outra mensagem. A escriv� conta como foram os dias seguintes � discuss�o. “O delegado � aquele tipo de pessoa que gosta de colocar o terror psicol�gico, gosta de atazanar. E eu n�o abaixo quando estou certa, por isso toda essa confus�o. Tenho vontade de nem voltar l�. Ele colocou tanto terrorismo em cima de mim que eu n�o aguentei. Quando estou certa, eu rebato. Agora, j� percebi. Vou chegar l� s� e fazer minha parte.”, relatou.

Em outro �udio a jovem  explica que n�o queria tomar provid�ncias em rela��o a situa��es de persegui��o, boicote e at� uma tentativa de agress�o f�sica, por medo. “N�o quis tomar provid�ncia porque ia me expor. Isso � Caranda�, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Eu deixei, prefiro abafar. Eu s� n�o quero olhar na cara desse bo�al nunca mais”, narra. 
 
Desde que o caso veio � tona, um delegado e um investigador que teriam envolvimento nas situa��es narradas pela escriv� foram tranferidos para outra delegacia da PCMG, em Conselheiro Lafaiete, tamb�m na Regi�o Central de Minas.  

Confira um dos �udios enviados por Rafaela a amigos:

 


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