
A audi�ncia p�blica vai acontecer na sexta-feira (30/6), �s 13h, no Audit�rio Jos� Alencar da ALMG, em Belo Horizonte. A reuni�o tem o objetivo de debater o caso de Rafaela como tamb�m a atual situa��o da sa�de mental dos servidores da PCMG.
dia a dia dos agentes � estressante, e, normalmente, � somado a um ambiente de trabalho pouco saud�vel. “A gente entende que � uma trag�dia o que aconteceu. � uma trag�dia anunciada. O sindicato tem atuado fortemente no combate ao ass�dio que � uma coisa terr�vel que acontece na pol�cia.”
Em entrevista ao Estado de Minas, no dia 14 de junho, o diretor do Sindicato dos Escriv�es de Pol�cia do Estado de Minas Gerais (Sindep-MG), Marcelo Horta, afirmou que o De acordo com a Comiss�o de Seguran�a P�blica, os agentes da corpora��o se sentem vulner�veis diante de persegui��es que ocorrem na institui��o, devido � falta de efetivo, � sobrecarga de trabalho e � falta de equipamentos para a devida presta��o da pol�tica p�blica, com convoca��o da chefe da Pol�cia Civil, do secret�rio de Estado de Governo e da secret�ria de Estado de Planejamento e Gest�o.
Investiga��o
Na �ltima quinta-feira, a Corregedoria-Geral da Pol�cia Civil de Minas Gerais anunciou que tomou a frente da investiga��o “de forma exclusiva” sobre a morte de Rafaela. Com isso, tanto a presid�ncia do inqu�rito policial, quanto a apura��o do processo disciplinar do caso ser�o feitas pela sess�o. “A PCMG refor�a que as investiga��es continuar�o sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial.”
Em �udios aos quais a reportagem do Estado de Minas teve acesso, e que j� est�o sendo periciados pelos �rg�os competentes, evidenciam a rotina de trabalho conturbada vivida pela escriv� na delegacia de Pol�cia Civil de Caranda�. Em uma das mensagens enviadas para uma amiga, a mulher detalha como foi uma discuss�o com o delegado da unidade policial.
A briga teria come�ado por causa de um pedido de mudan�a na escala de folgas, uma das principais reclama��es da escriv� enquanto trabalhava. “Ele falou que eu tinha cismado com isso, falando que ele tava de implic�ncia. Ele disse que eu n�o gosto de receber ordens. Mas n�o � isso, ele estava implicando por causa do carnaval”, disse.
A infelicidade com o delegado continua em outra mensagem. A escriv� conta como foram os dias seguintes � discuss�o. “O delegado � aquele tipo de pessoa que gosta de colocar o terror psicol�gico, gosta de atazanar. E eu n�o abaixo quando estou certa, por isso toda essa confus�o. Tenho vontade de nem voltar l�. Ele colocou tanto terrorismo em cima de mim que eu n�o aguentei. Quando estou certa, eu rebato. Agora, j� percebi. Vou chegar l� s� e fazer minha parte.”, relatou.
Em outro �udio a jovem explica que n�o queria tomar provid�ncias em rela��o a situa��es de persegui��o, boicote e at� uma tentativa de agress�o f�sica, por medo. “N�o quis tomar provid�ncia porque ia me expor. Isso � Caranda�, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Eu deixei, prefiro abafar. Eu s� n�o quero olhar na cara desse bo�al nunca mais”, narra.
Desde que o caso veio � tona, um delegado e um investigador que teriam envolvimento nas situa��es narradas pela escriv� foram tranferidos para outra delegacia da PCMG, em Conselheiro Lafaiete, tamb�m na Regi�o Central de Minas.