
Segundo a vers�o de Kelma, apresentada para a Pol�cia Militar (PMMG) no dia do crime, Ezequiel estava alterado ap�s uma “crise de abstin�ncia de drogas” e foi at� a porta de sua casa para pedir dinheiro. Houve uma discuss�o e a v�tima e Rog�rio entraram em confronto. Ezequiel morreu ap�s ser esfaqueado pela mulher.
A fala � contestada por Tan� Ruthele, prima da v�tima. Em conversa com a reportagem do Estado de Minas, ela disse que seu primo n�o tinha usado drogas e que ele foi atacado pelas costas. “Meu primo foi � casa do pai da mulher. Quando ele voltou, foi surpreendido pelo homem que o atacou com um fac�o pelas costas, na porta da casa dele. Ele estava 'ganhando' a briga e a mulher saiu de dentro de casa com uma faca e o acertou. Todas foram na parte lateral e nas costas. Ele n�o teve defesa”, disse.
Segundo ela, a vers�o relatada no Boletim de Ocorr�ncia est� incorreta. Tayn� tamb�m questiona a atua��o dos policiais militares que atenderam o caso. “Eles n�o colheram o depoimento de ningu�m. S� da mulher. A minha m�e viu o que aconteceu e estava em choque. Ela disse que iria assumir o crime, mas foi aconselhada por um policial a n�o falar mais nada”, contou.
Vizinhos do local viram toda a a��o e tamb�m contestaram o que foi registrado no BO. Eles foram chamados para prestar depoimento � Pol�cia Civil (PCMG) durante os �ltimos dias. Uma das armas utilizadas na briga, o fac�o, foi escondida e encontrada pelo pai da suspeita.
Em nota, a Pol�cia Militar disse que "a vers�o apresentada pela autora, confessando que havia desferido as facadas contra a v�tima, foi descrita na �ntegra no boletim de ocorr�ncia apresentado � pol�cia civil".
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite de quinta-feira (10). Por volta de 22h, Ezequiel chegou ao local onde a fam�lia reside. Ao aproximar-se das casas, come�ou, segundo a vers�o apresentada por Kelma e o marido, Rog�rio Campista Schepfer, de 38 anos, a gritar que queria morrer e que iria matar algu�m.
Foi ent�o, para a casa do pai de Kelma, Renato, e come�ou a esmurrar a porta, gritando que queria dinheiro para comprar drogas, pois n�o conseguia mais ficar sem elas. Ele estaria em abstin�ncia, n�o se sabe se por tratamento ou por falta de dinheiro.
Nesse instante, Kelma, que mora na casa ao lado, pediu ao marido que fosse ajudar o pai. Rog�rio saiu da casa e come�ou uma discuss�o entre eles. Ezequiel se mostrou agressivo e Rog�rio decidiu retornar para casa, fechando a porta.
Os dois voltaram a discutir e sa�ram da casa para a rua se debatendo. Eles ca�ram no ch�o, e Kelma foi socorrer o marido.
Ao ver os dois no ch�o e o marido amea�ado, ela desferiu os golpes em Ezequiel.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Ezequiel ca�do, sangrando, mas ainda com vida e o levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sabar�, mas o rapaz n�o resistiu aos ferimentos e morreu. Ele foi atingido por facadas no abd�men, na costela, axila esquerda e na cabe�a.
