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Estado de Minas SUL DE MINAS

Professora � investigada por fala racista: 'O tra�o n�o ajuda'; ou�a �udio

Afastada das fun��es pedag�gicas em uma escola de Muzambinho, professora tamb�m fez coment�rios discriminat�rios contra pessoas gordas e com defici�ncia


05/09/2023 21:35 - atualizado 06/09/2023 10:32
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Crimes aconteceram na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida em Muzambinho, no Sul de Minas Gerais
Crimes aconteceram na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida em Muzambinho, no Sul de Minas Gerais (foto: Google Street View/Reprodu��o)
Uma professora da Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida, em Muzambinho, no Sul de Minas Gerais, foi afastada nessa segunda-feira (4/9) das atividades pedag�gicas ap�s falas preconceituosas dentro da sala de aula. A informa��o foi divulgada pela Secretaria de Estado de Educa��o de Minas Gerais (SEE/MG). 
 
“Hoje � muito modinha falar de racismo. (...). Tudo o que � bonito � exaltado. A gente acha que � preconceito, por exemplo, [falar de] gordo. Gordura � feio. Tem pessoas mulatas que s�o bonitas. Tem uns negros muito bonitos, mas, voc� vai ver, os tra�o (sic) n�o ajuda. O cabelo n�o ajuda, entendeu? (...). A pessoa que � deficiente, � bonito ver uma pessoa deficiente?”, questiona a professora, que teve as falas gravadas na segunda-feira da semana passada (28/8) durante uma aula de humanidades com alunos do ensino m�dio. Ou�a o �udio: 


 
Em nota, a Pol�cia Civil disse que uma investiga��o est� em curso ap�s a ocorr�ncia ser registrada na quarta-feira (30/8). “O inqu�rito policial foi instaurado e as investiga��es seguem em andamento. Novas informa��es ser�o divulgadas em momento oportuno”, diz a institui��o em nota. 


A Superintend�ncia Regional de Ensino (SRE) de Po�os de Caldas, respons�vel pela coordena��o da escola, tamb�m acompanha o caso, afirma a SEE/MG, destacando que enviou uma equipe de inspe��o escolar at� o local para oitivas com os envolvidos e elabora um relat�rio com a apura��o preliminar. “A SRE de Po�os de Caldas e a gest�o da unidade escolar mant�m di�logo para definir os projetos mais adequados a serem trabalhados com os estudantes diante do ocorrido”, explica a pasta. 
 
“As pr�ticas discriminat�rias s�o atitudes graves, que violam os Direitos Humanos, a Constitui��o Federal e outras leis espec�ficas, que tratam do respeito ao outro e da igualdade entre todos. Esses marcos legais s�o amplamente trabalhados na rede e destinados a garantir � popula��o negra a efetiva��o da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos �tnicos individuais, coletivos e difusos, o respeito �s diferen�as e o combate � discrimina��o e �s demais formas de intoler�ncia �tnica que tratam do respeito � integridade f�sica e emocional de todos os estudantes”, finaliza a SEE-MG. 

Inj�ria racial ou racismo? Entenda a diferen�a

 
De acordo com o C�digo Penal brasileiro, inj�ria racial significa ofender algu�m em decorr�ncia de sua ra�a, cor, etnia, religi�o, origem e por ser pessoa idosa ou com defici�ncia (PcD).
 
J� o racismo est� previsto na lei 7.716 de 1989 e implica em conduta discriminat�ria dirigida a um determinado grupo ou coletividade.
 
Em 28 de outubro de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e equiparou os dois crimes. Com isso, a inj�ria racial tamb�m se tornou imprescrit�vel – ou seja, n�o h� prazo para o Estado punir os acusados. Tanto o racismo quanto a inj�ria s�o crimes inafian��veis.


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