
De acordo com Beatriz, os recortes de g�nero e idade “seguem o recorte da pir�mide dos usu�rios de e-commerce”. Como a maioria das pessoas que compram online s�o, em sua maioria, homens de at� 31 anos, esse tamb�m � o perfil de quem mais cai em golpes digitais.
Ao todo, as empresas identificaram 3.289 golpes aplicados em compras e vendas pela internet. Os principais s�o coletas de dados, representando 34%, e invas�o de contas, com 24%. Dos estados brasileiros, Minas � o terceiro que mais cai em golpes. O primeiro lugar � do estado de S�o Paulo, seguido do Rio de Janeiro. Os mineiros s�o respons�veis por 9% dos golpes aplicados no Brasil, acumulando um preju�zo estimado em R$ 11,8 milh�es.
A vice-presidente explica que “todos os golpes s�o complementares” e t�m caracter�sticas em comum, mas � poss�vel explicar como funciona cada um deles.
Como s�o os principais golpes:
Coleta ou roubo de dados
O golpe mais conhecido como roubo de dados � o mais recorrente no ambiente digital. Por meio de aplicativo de mensagens ou por liga��o telef�nica, o golpista opera uma “engenharia social”, como intitulou Beatriz Soares. O estelionat�rio conta uma hist�ria para a v�tima com o objetivo de extrair o m�ximo de dados poss�vel, como n�mero de telefone, CPF, endere�o e at� mesmo n�mero da conta banc�ria e senhas.
Com os dados em m�os, o golpista tem possibilidades diferentes. “Vai desde coisas simples, como fazer an�ncios no seu nome, at� invas�o de contas banc�rias”, diz a vice-presidente. A coleta de informa��es tamb�m traz a possibilidade de realizar compras em sites, como a OLX, de compra e venda, em que o cart�o do usu�rio esteja cadastrado. A possibilidade de golpes “v�o at� onde a pessoa passa as informa��es”, diz Beatriz.
Invas�o de conta
Al�m de invadir contas a partir de dados coletados, os criminosos tamb�m conseguem acessar contas de terceiros a partir de tentativa e erro. Quando um internauta usa uma senha fraca ou repete a senha em mais de um site ou plataforma online, fica mais f�cil para os golpistas.
Quando invadem a conta, os estelionat�rios anunciam produtos que n�o existem nas redes sociais da v�tima. Quando algu�m compra o item anunciado, a transfer�ncia vai para a conta de quem est� aplicando o golpe. Em consequ�ncia disso, a invas�o de contas acaba fazendo duas v�timas: quem foi hackeado e quem pagou pelo produto anunciado.
Compra e venda falsas
Por meio desse golpe, o estelionat�rio entra em contato com quem est� vendendo algum produto, simula um comprovante de transfer�ncia banc�ria e acaba recebendo o item sem ter pago por ele. Conforme Beatriz, essa � uma vers�o digital do golpe do envelope vazio ou do cheque sem fundo.
Outra possibilidade � anunciar um produto e dizer para o comprador que s� entregar� um produto, que na verdade n�o existe, mediante adiantamento de parte do pagamento. Depois de efetuada a transfer�ncia, o golpista para de responder e fica com o dinheiro da v�tima.
Dicas para evitar os golpes
- Evitar compartilhar dados sens�veis, como n�mero de telefone, CPF e endere�o;
- Evitar repetir senhas em mais de um site ou plataforma online
- Utilizar senhas fortes, com caracteres especiais, n�meros e mesclando letras mai�sculas e min�sculas;
- Trocar as senhas de seis em seis meses;
- Ao negociar em sites de compra e venda, utilizar o chat oficial da plataforma;
- Somente enviar produtos que est�o sendo vendidos depois de conferir na conta banc�ria se realmente houve transfer�ncia
- Ao realizar mais de uma tarefa online, prestar aten��o em cada uma delas
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata