
Segundo a investiga��o, Rafael Gomes e investigadores recebiam dinheiro para libertar presos e liberar drogas apreendidas. O delegado estava solto desde o dia 28 de junho, devido a uma decis�o judicial. No entanto, essa liberdade foi revogada nesta ter�a-feira (12/9). Al�m de Gomes, outros cinco policiais civis tamb�m v�o retornar � pris�o.
“O fato de que o grupo criminoso demonstrou grande poderio financeiro (...) propiciou-lhes obter informa��es privilegiadas de agentes p�blicos, bem como realizar pagamentos indevidos a tais agentes, o que demonstra, consequentemente, que suas liberdades geram risco para a instru��o criminal, sobretudo diante de possibilidade de que tenham acesso a dados investigativos, bem como tentem alterar provas de seus favores. Vez que existem ind�cios de que suas liberdades comprometem a garantia da ordem p�blica, bem como a devida instru��o criminal, pelas raz�es acima explicitadas, casso os efeitos da liberdade provis�ria concedida a Rafael Gomes de Oliveira”, escreveu o juiz Daniel R�che da Motta, da 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora.
Veja os outros policiais que v�o voltar � pris�o:
- Rog�rio Marinho J�nior
- Gustavo de Souza Soarez
- Thiago Naz�rio Machado
- Raphael Pereira Neto Luz
- Leonardo Gomes Leal
A Secretaria de Justi�a e Seguran�a P�blica de Minas Gerais (Sejusp-MG) informou que, at� a publica��o desta reportagem, o delegado Rafael Gomes n�o tinha dado entrada em um pres�dio controlado pelo Estado.
A reportagem do jornal Estado de Minas tentou contato com a defesa do delegado mas, at� agora, n�o houve retorno.
Opera��o Transformers
A Opera��o Transformers foi iniciada no final de outubro de 2022. Em coletiva de imprensa, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) disse que a investiga��o come�ou analisando um grupo que roubava carros, retirava as pe�as e montava novos ve�culos, que abasteciam o tr�fico de drogas.
“Inicialmente sabia-se que esses ve�culos eram usados para o tr�fico de drogas. De carros roubados eram retiradas pe�as. Montava-se um carro novo, requentado, e esse carro iria abastecer outras atividades il�citas. Ou se fazia o transporte [das drogas] ou era utilizado para pagamento”, explicou o promotor Thiago Fernandes de Carvalho.
De acordo com o promotor, o grupo abastecia o mercado de tr�fico de drogas. “N�o estamos falando de um tr�fico de drogas de pontos de drogas. Estamos tratando de um tr�fico mais volumoso, que abastece mercado, que tem ramifica��o em todo territ�rio nacional”, explicou.
Com o dinheiro obtido do tr�fico, o grupo fazia lavagem de dinheiro em Juiz de Fora. “A investiga��o mostra como � sofisticada [a organiza��o criminosa]. Vai do furto, do roubo do carro, da recepta��o, da modifica��o, at� a lavagem de dinheiro com muitos shows art�sticos em Juiz de Fora, com�rcio de roupas, varejo, alimentos, e outros”, destacou o promotor.
A princ�pio, o delegado e os agentes da Pol�cia Civil atuavam divulgando informa��es privilegiadas para outros membros da organiza��o criminosa.
A suspeita do Minist�rio P�blico � que nos �ltimos cinco anos o grupo possa ter movimentado uma quantia pr�xima a R$ 1 bilh�o.