
Casado com a mesma mulher h� quase seis d�cadas, Siqueira tem tr�s filhos, seis netos e um bisneto. Em entrevista ao Estado de Minas, ele fala pela primeira vez com a imprensa, 36 anos depois do epis�dio, e assegura n�o ter tido efeitos colaterais.
Hoje, aos risos, o motorista aposentado diz que n�o comeria a subst�ncia de novo, mas enfatiza que o ato de coloc�-la na boca n�o foi t�o impensado como as pessoas pensam. Al�m da repercuss�o em 1987, o ato inusitado viralizou em 2021 no TikTok e, desde ent�o, ganhou visibilidade nas redes sociais. O v�deo, inclusive, � usado atualmente em treinamento do Corpo de Bombeiros e em empresas de seguran�a de transporte de cargas.
"As pessoas ficaram surpresas por eu ter comido amianto ao dar entrevista, s� que, antes, eu liguei para o fabricante, que disse n�o ter risco, pois problemas respirat�rios s� acontecem a partir do momento que a pessoa trabalha com esse produto por um longo tempo. Al�m disso, eu s� tive essa atitude porque a imprensa estava em cima querendo saber, e eu me senti pressionado", justifica, acrescentando n�o ter desenvolvido problemas de sa�de.
"N�o tive qualquer sequela. Fa�o tudo o que quero. Estou aposentado. Ent�o, gosto de cozinhar e ler os jornais todos os dias, por exemplo", pontua. Entre as atribui��es di�rias, Jos� Alberto dedica um momento para compartilhar a palavra de Deus com seus amigos e seguidores no Facebook e na sua r�dio online Conhe�a a Jesus. Por nove anos, ele foi radialista na extinta r�dio comunit�ria RMB FM 87,9.

"N�o gosto de r�tulos e, por isso, n�o me intitulo pastor, apesar de ter feito muitos cursos de teologia. Costumo dizer que sou um pregador da palavra. Senti a necessidade de me converter. Encaro como um chamado, e n�o tem nada a ver com o fato de ter comido amianto", afirma ele, de forma bem-humorada. "Ao aceitar Deus na minha vida, comecei a ter novos h�bitos. Um deles foi parar de fumar. E isso j� tem mais de 30 anos", revela.
Amianto proibido pelo STF
Em 23 de fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou por manter a proibi��o, extra��o, industrializa��o, comercializa��o e distribui��o do amianto no pa�s. Na ocasi�o, a maioria dos ministros n�o acatou os embargos de declara��o pedindo a suspens�o de uma decis�o de agosto de 2017 da Corte, que declarou inconstitucional um artigo da Lei Federal 9.055/1995, permitindo o uso do material, desde que controlado.
� �poca, o STF ainda n�o tinha determinado a proibi��o do com�rcio, fazendo com que as legisla��es estaduais divergissem nesse sentido. Por�m, em novembro daquele ano, o uso acabou proibido pelo Supremo em todo o pa�s.
Tamb�m conhecido como "mineral m�gico", o amianto foi utilizado principalmente na ind�stria da constru��o civil e para isolamento ac�stico ou t�rmico. O INCA, por�m, aponta esse material como cancer�geno para os seres humanos, n�o tendo sido identificados n�veis seguros para a exposi��o �s suas fibras.
A exposi��o ao amianto pode acarretar tr�s doen�as: c�ncer de pulm�o, asbestose - que � uma redu��o da capacidade respirat�ria por causa da deposi��o de fibras de asbesto nos alv�olos pulmonares - e mesotelioma, forma rara de tumor maligno que afeta a pleura (membrana que reveste os pulm�es), o perit�nio (tecido que cobre �rg�os abdominais), o peric�rdio (membrana serosa onde o cora��o � envolvido) e a t�nica vaginal, podendo produzir met�stases por via linf�tica em aproximadamente 25% dos casos, segundo o INCA.
Tamb�m conhecido como "mineral m�gico", o amianto foi utilizado principalmente na ind�stria da constru��o civil e para isolamento ac�stico ou t�rmico. O INCA, por�m, aponta esse material como cancer�geno para os seres humanos, n�o tendo sido identificados n�veis seguros para a exposi��o �s suas fibras.
A exposi��o ao amianto pode acarretar tr�s doen�as: c�ncer de pulm�o, asbestose - que � uma redu��o da capacidade respirat�ria por causa da deposi��o de fibras de asbesto nos alv�olos pulmonares - e mesotelioma, forma rara de tumor maligno que afeta a pleura (membrana que reveste os pulm�es), o perit�nio (tecido que cobre �rg�os abdominais), o peric�rdio (membrana serosa onde o cora��o � envolvido) e a t�nica vaginal, podendo produzir met�stases por via linf�tica em aproximadamente 25% dos casos, segundo o INCA.