
O delegado Rafael Gomes de Oliveira, investigado pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, na Opera��o Transformers, foi transferido para o Hospital Ana Nery, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira.
Na �ltima semana, o delegado teve a liberdade revogada por uma decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ). No entanto, ele n�o voltou para a pris�o, pois a defesa apresentou
um laudo psiqui�trico.
Rafael foi internado em uma cl�nica particular, sob escolta particular. No entanto, uma nova decis�o judicial determinou que Rafael fosse enviado para um hospital estadual. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a assessoria do Hospital Ana Nery que informou que n�o pode “informar o estado de sa�de do paciente”.
O delegado Rafael Gomes � o �nico agente p�blico, entre os investigados, que ainda n�o est� em um pres�dio. Os outros cinco investigadores da Pol�cia Civil, que tamb�m tiveram a liberdade revogada, voltaram para a pris�o.
Opera��o Transformers
A Opera��o Transformers foi iniciada no final de outubro de 2022. Em coletiva de imprensa, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) disse que a investiga��o come�ou analisando um grupo que roubava carros, retirava as pe�as e montava novos ve�culos, que abasteciam o tr�fico de drogas.
“Inicialmente sabia-se que esses ve�culos eram usados para o tr�fico de drogas. De carros roubados eram retiradas pe�as. Montava-se um carro novo, requintado, e esse carro iria abastecer outras atividades il�citas. Ou se fazia o transporte ou era utilizado para pagamento”, explicou o promotor Thiago Fernandes de Carvalho.
De acordo com o promotor, o grupo abastecia o mercado de tr�fico de drogas. “N�o estamos falando de um tr�fico de drogas de pontos de drogas. Estamos tratando de um tr�fico mais volumoso, que abastece o mercado, com ramifica��o em todo territ�rio nacional”, explicou.
Com o dinheiro obtido do tr�fico, o grupo fazia lavagem de dinheiro em Juiz de Fora. “A investiga��o mostra como � sofisticada. Vai do furto, do roubo do carro, da recepta��o, da modifica��o, at� a lavagem de dinheiro com muitos shows art�sticos em Juiz de Fora, com�rcio de roupas, varejo, alimentos, e outros”, destacou o promotor.
A princ�pio, o delegado e os agentes da Pol�cia Civil atuavam divulgando informa��es privilegiadas para outros membros da organiza��o criminosa.
A suspeita do Minist�rio P�blico � que nos �ltimos cinco anos o grupo possa ter movimentado uma quantia pr�xima a R$ 1 bilh�o.
