
O an�ncio foi feito no Hospital Jo�o XXIII, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, e contou com a presen�a do secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais, F�bio Baccheretti, que comemora a retomada.
“At� ent�o, os transplantes, a maior parte iam para S�o Paulo, chegando ir at� para o Rio Grande do Sul. Agora vai ser diferente, o estado de Minas faz o transplante e n�s vamos come�ar a receber pacientes do Centro-Oeste e tamb�m do Esp�rito Santo. Ent�o, ao inv�s da gente mandar pacientes para fora, iremos receber”, afirma.
O secret�rio disse que os esfor�os em conjunto do estado, a Empresa Brasileira de Servi�os Hospitalares (EBSERH) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o Hospital das Cl�nicas (HC) foram fundamentais para a retomada do transplante de pulm�o. Ser�o cerca de dez milh�es de reais de recursos destinados para o estado, uma parte desse para as equipes intra-hospitalares de capta��o e a outra parte vinculado aos transplantes.
“Avise, comunique a sua fam�lia, seja nesse final de semana, num jantar ou num almo�o que voc� � um doador. A gente tem uma taxa de recruta de mais de quarenta por cento na doa��o e precisamos garantir mais doa��o. Por isso, o grande ponto nosso � aumentar a capta��o de �rg�os”, termina.
Doar �rg�os � fundamental
Omar Lopes Can�ado J�nior, Diretor do MG Transplantes, compartilhou que nesse per�odo de nove anos, eles estimaram que poderiam ter sido transplantados de 20 a 30 pulm�es por ano.
“Hoje � um dia espetacular, eu fico at� emocionado porque isso � uma coisa que n�s temos lutado h� v�rios anos, e finalmente agora n�s estamos conseguindo. T�nhamos que mandar esse paciente para fora do estado, e �s vezes, isso � uma coisa que � extremamente dif�cil. Esses pacientes s�o extremamente graves e a maior parte deles acabam falecendo antes de conseguir ser transplantado ou antes de conseguir ser avaliado por uma equipe fora do estado”, ressalta.
Como o secret�rio da sa�de, Omar Lopes tamb�m destaca a import�ncia do aumento do n�mero de doadores, que s� assim � poss�vel diminuir a fila de transplantes em Minas. “Quanto mais doadores a gente tiver, mais gente conseguimos salvar. Ent�o, quanto menos tempo a pessoa fica na fila, menos a chance da pessoa morrer esperando aquele �rg�o. Temos que trabalhar para aumentar a doa��o”, fala.
Al�m disso, o diretor aponta que est�o sendo realizados cursos de capacita��o proporcionais da �rea de sa�de, para identificar o doador, tratar ele de forma adequada para gente poder aproveitar o maior n�mero de �rg�os poss�veis. “Um �nico doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de dez ou mais pessoas que est�o esperando”, conclui.
Hospital das Cl�nicas ser� importante
O Secret�rio de Aten��o Especializada � Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Helv�cio Miranda, diz que o Hospital das Cl�nicas ser� fundamental nesse processo, que formas profissionais da sa�de para todo o estado. Ele diz que o Governo ir� aumentar os recursos para a institui��o de sa�de.
“Eu gostaria que a gente agora no m�s de outubro fizesse as negocia��es, as avalia��es, tramitasse os documentos e publicasse. A N�sia Trindade (Ministra da Sa�de do Brasil) j� est� sabendo disso, para termos os novos recursos”, afirma.
O secret�rio diz que o HC tem que voltar a ser uma refer�ncia. "O hospital ficou muito prejudicado na �ltima gest�o da EBSERH. Ele voltar� a ser um exemplo nacional, � tamb�m um dos melhores hospitais universit�rios do Brasil, dos 41 que a EBSERH administra", finaliza.