
o acidente aconteceu por imprud�ncia e neglig�ncia do piloto Geraldo Martins de Medeiros e do copiloto Tarc�sio Pessoa Viana, que tamb�m morreram.
Para a institui��o, De acordo com S�rgio Alonso, advogado das fam�lias, eles n�o v�o dar sequ�ncia a um poss�vel processo judicial devido � conclus�o do inqu�rito. “N�o interessa pra gente. A conclus�o � absurda, mas n�o vou perder tempo com essas conclus�es, � um verdadeiro nonsense”, disse.
Para S�rgio, a Cemig tem parcela de culpa no acidente, j� que instalou uma rede de energia pr�xima ao aeroporto de Caratinga. “Este acidente ocorreu porque a Cemig instalou a rede de alta tens�o na reta final do aer�dromo de Caratinga na altitude do tr�fego padr�o, que � de 1000 p�s, cujo aer�dromo n�o tinha Carta Visual de Aproxima��o”, contou.
As fam�lias seguem com um processo contra a empresa de energia. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Cemig e aguarda retorno.
Conclus�o do inqu�rito
A investiga��o, que durou quase dois anos, foi bastante minuciosa, segundo o delegado Ivan. “Primeiro descartamos poss�veis causas para chegar ao fundamental, o que chamaria de 'por que caiu'”.
Segundo ele, foi descartado um problema t�cnico na aeronave. Em seguida, o mal s�bito do piloto, o que � comprovado pelo exame de corpo de delito. Por �ltimo, um atentado, hip�tese logo descartada.
Houve, segundo o delegado, o choque com as linhas de transmiss�o da Cemig, n�o sinalizadas, no entanto, n�o havia necessidade de sinaliza��o, segundo as normas da avia��o brasileira, pelo fato das linhas estarem fora da dist�ncia de manobra e aproxima��o da pista.
O delegado S�vio explica a conclus�o do inqu�rito. Segundo ele, a tripula��o agiu com imprud�ncia e neglig�ncia. “O piloto alongou a 'perna do vento'. Estavam acima do que era proposto pelo manual. As linhas de transmiss�o constavam nas cartas aeron�uticas.”
Ele diz ainda que o piloto e copiloto falharam ao n�o tomar ci�ncia pr�via das torres, assumindo, assim, um risco. “Isso caracteriza a imprud�ncia”.
O indiciamento por neglig�ncia, segundo ele, se d� pela tripula��o n�o cumprir o procedimento padr�o, pois n�o poderiam ter alongado a “perna do vento”. “Foi uma tomada de decis�o equivocada”.
A conclus�o do inqu�rito, conforme o delegado, � por homic�dio culposo, mas com extin��o de punibilidade por causa das mortes de ambos. Por isso, o pedido � de arquivamento do inqu�rito.
Acidente
O avi�o que transportava Mar�lia Mendon�a caiu a apenas quatro quil�metros do aeroporto de Caratinga, onde a cantora sertaneja faria uma apresenta��o no mesmo dia, 5 de novembro de 2021. Tamb�m estavam na aeronave o produtor Henrique Ribeiro, o assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Tarcisio Pessoa Viana.
A queda ocorreu em um curso d’�gua, pr�ximo ao acesso da BR-474. Laudos do Instituto M�dico-Legal (IML) apontaram que os tripulantes morreram assim que a aeronave colidiu com o solo. As v�timas sofreram politraumatismo e ferimentos t�picos de quedas de grandes alturas, quando h� fratura de v�rios ossos, comprometendo o funcionamento dos �rg�os internos.