
O cantor Jo�o Gustavo, irm�o da saudosa Mar�lia Mendon�a, deu sua opini�o sobre a recente conclus�o do inqu�rito que investigava as causas do acidente a�reo que tirou a vida da sertaneja, dos pilotos da aeronave e de mais duas pessoas da equipe da artista.
Em entrevista, Jo�o lamentou a falta de transpar�ncia nas investiga��es e citou o comodismo da pol�cia em culpar duas pessoas que j� est�o mortas, em vez de focar nas responsabilidades da companhia de energia el�trica respons�vel pelos cabos atingidos pelo avi�o, que na ocasi�o do acidente, n�o estavam sinalizados.
"Faltou transpar�ncia. Para a fam�lia continua a d�vida. Achamos que para eles foi c�modo culpar os pilotos e isentar a companhia energ�tica de Minas Gerais. Eles mesmo se culparam sinalizando os fios de alta tens�o ap�s o acidente. Isso � um fato, e contra fatos n�o h� argumentos", disse o sertanejo em entrevista ao jornalista Lucas Pasin, do Uol. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Cemig e aguarda retorno.
Fam�lia n�o ficar� quieta
Ainda de acordo com o cantor, a fam�lia pretende esclarecer quest�es que ficaram sem respostas. "Assim que o inqu�rito for entregue ao poder judici�rio, iremos acompanhar e indagar certas quest�es que ainda n�o foram respondidas. Minha m�e, assim como eu, espera respostas claras e objetivas. Acreditamos que a justi�a ainda n�o foi feita e o caso n�o foi solucionado".
Ele diz tamb�m que, apesar dos novos desdobramentos do caso, a fam�lia acredita que a Justi�a ser� feita. "Somos pessoas de f� e acreditamos que a justi�a de Deus ser� feita. Essa n�o falha. Teremos um esclarecimento sobre os fatos".
Inqu�rito conclu�do
Nesta quarta-feira (4), a Pol�cia Civil de Minas Gerais divulgou a conclus�o do inqu�rito sobre o acidente a�reo que resultou na morte da cantora Mar�lia Mendon�a e de mais quatro pessoas, em novembro de 2021. Segundo as investiga��es, o acidente poderia ter sido evitado pelo piloto Geraldo Medeiros e pelo copiloto Tarc�so Viana.
Segundo Ivan Lopes Sales, delegado regional de Caratinga e respons�vel pelo, a investiga��o mostrou neglig�ncia da tripula��o no choque com a torre de transmiss�o n�o sinalizada. Ainda de acordo com o delegado, n�o havia obrigatoriedade de que as torres estivessem devidamente sinalizadas. Al�m disso, ele ressaltou que existiam manuais de procedimento da aeronave que determinavam que o piloto deveria analisar previamente a exist�ncia da proximidade de obst�culos como morros e antenas.
Defesa do piloto
S�rgio Alonso, advogado respons�vel pela defesa da fam�lia do piloto Geraldo Medeiros, disse que a conclus�o da Pol�cia Civil de Minas Gerais foi injuriosa. "O acidente ocorreu pela falta de sinaliza��o da rede, aus�ncia de carta de aproxima��o visual e tamb�m por essa rede estar implantada na altitude do tr�fico padr�o, de 1 mil p�s", afirma Alonso.
Em nota, a Cemig informou quie "as conclus�es sobre o acidente e esclarecimentos t�cnicos sobre o caso cabem �s autoridades competentes."
O que diz a Cemig
Em nota, a Cemig informou quie "as conclus�es sobre o acidente e esclarecimentos t�cnicos sobre o caso cabem �s autoridades competentes."