(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CASO DA ESCRIV�

Pai de Rafaela contesta Corregedoria da PC, Minist�rio P�blico e Justi�a

Decis�o da justi�a de Caranda� livra investigador de acusa��es e encaminha delegado para infra��es de menor potencial ofensivo


25/10/2023 07:11 - atualizado 25/10/2023 10:01
432

Pai não aceita decisão da justiça sobre investigação de morte de sua filha, a escrivã Rafaela
Pai n�o aceita decis�o da justi�a sobre investiga��o de morte de sua filha, a escriv� Rafaela (foto: Redes sociais/Reprodu��o)

Aldair Drumond, pai da escriv� Rafaela Drummond, de 31 anos, que se suicidou em 9 de julho, na casa dos pais, em Ant�nio Carlos, no Campo das Vertentes, est� revoltado sobre como o caso tem sido conduzido, tanto pela Pol�cia Civil, como pelo Minist�rio P�blico e pela justi�a de Caranda�. Na ter�a-feira (24/10), foi decidido transferir para o Juizado Especial Criminal o inqu�rito com as acusa��es contra o delegado Itamar Claudio Netto, da Pol�cia Civil de Minas Gerais, e que inocentou o investigador Celso Trindade de Andrade..


Segundo o pai da escriv�, desde o come�o, o caso vem sendo tratado com desd�m. “Minha filha entrou para a Pol�cia Civil estando 100%, cheia de sonhos. Ela passou em segundo lugar no concurso e queria ser delegada. Mas foi trabalhar numa delegacia com 20 homens, sendo que dois foram determinantes na sua decis�o de colocar fim � pr�pria vida. Dois deles, o delegado e o investigador a assediaram, a ponto de tirar-lhe a raz�o.”


O pai de Rafaela diz que quer, por direito, o celular da filha. “Ele pertence � fam�lia, n�o � pol�cia ou � justi�a. Queremos o aparelho de volta. Ele nos pertence."


Aldair afirma que testemunhas falsas foram ouvidas nas investiga��es. “Tem testemunha que falou sobre a vida de minha filha, que n�o condiz com a realidade. Essas pessoas sequer a conheciam. N�o tinham contato, nem amizade, ou conv�vio, com a Rafaela. Portanto, n�o poderiam ter sido arroladas como testemunhas. Foram inventadas.”


Segundo ele, em momento algum a Corregedoria da Pol�cia Civil e o Minist�rio P�blico e a justi�a levaram em considera��o que Rafaela procurou um delegado superior, para pedir ajuda. “Ele contou o que estava acontecendo, sobre o ass�dio, no entanto, a sua den�ncia n�o foi levada em considera��o.”

A den�ncia

Na den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico, o delegado Itamar foi citado por condescend�ncia criminosa, que � quando o chefe de uma reparti��o p�blica deixa de aplicar a puni��o legal para a infra��o de um funcion�rio ou n�o leva a quest�o ao conhecimento da autoridade superior.


O Minist�rio P�blico tamb�m aceitou a decis�o da Corregedoria da Pol�cia Civil de n�o denunciar o investigador Celso Trindade de Andrade por inj�ria, j� que o prazo para entrar com uma a��o j� tinha sido extinto.


A decis�o tomada pela Justi�a atende aos pedidos do Minist�rio P�blico. Por isso, o inqu�rito contra o investigador foi arquivado. Ele � considerado inocente e dever� retornar � delegacia de Caranda�.


J� o delegado foi para o Juizado Especial Criminal, respons�vel por infra��es de menor potencial ofensivo. O inqu�rito, assim, foi transferido, uma vez que a Comarca de Caranda� alega n�o ter compet�ncia para analisar o caso. E assim, o delegado n�o se torna r�u.

Defesa

O advogado de Aldair, Hugo Viol, diz que “a representa��o t�cnica da fam�lia da escriv� Rafaela Drumond vem, pela presente, manifestar que, do contr�rio do maliciosamente noticiado, a �nica certeza que se tem at� o momento, al�m da lament�vel morte de Rafaela, � que houve um pedido de socorro por parte da escriv� e que tal pedido foi completamente ignorado pela autoridade competente.”


Segundo ele, o processo ainda est� longe de se encerrar, pois ainda h� outros procedimentos envolvendo a apura��o dos fatos e as respectivas reverbera��es a serem realizados.

“Ao contr�rio, o Brasil continua, e continuar�, levando o legado de Rafaela Drumond, qual seja: 'onde come�a o ass�dio, come�a a resist�ncia e, onde h� resist�ncia, n�o h� mal que n�o se curve'. Como sabido por qualquer operador do direito, ainda que iniciante, temos um longo e �rduo percurso pela frente nas mais diversas esferas e, no atual cen�rio, � um total contrassenso se falar 't�rmino de processo' ou, pior, se colocar a comemorar algo. A �nica comemora��o leg�tima do caso Rafaela Drumond deve ser o legado deixado pela escriv� na luta contra o ass�dio. Sem mais!”, afirma o advogado Viol.



 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)