(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas HORIZONTES

'Tranqueiras' do cotidiano a servi�o da popula��o

Museu do Cotidiano � aberto apenas em ocasi�es especiais, sob agendamento, e guarda um acervo de "apenas 100 mil" objetos


30/10/2023 04:00 - atualizado 30/10/2023 05:40
432

Tranqueiras
(foto: Marcos Vieira /EM/DA. Press)

Os port�es do galp�o de 600m² na Rua Bernardo Guimar�es, que abriga o Museu do Cotidiano, s�o abertos apenas em ocasi�es especiais, sob agendamento, e guardam um acervo de “apenas 100 mil” objetos colecionados por Ant�nio Carlos Figueiredo. Na entrada, h� placas: “entrada permitida somente a pessoas autorizadas”, ”n�o pise na grama”, “registro de tr�nsito de uma cidade chamada Tranqueiras” e o dizer “Deus aben�oe essa bagun�a”.

Pendurados no teto est�o bicicletas – uma feita na inaugura��o de Bras�lia –, carrinhos de compras e de beb� e um orelh�o. Passando pelo corredor estreito, as
organiza��es tem�ticas das cole��es mostram mais cores e o tamanho do lugar parece cada vez maior. � esquerda, uma colet�nea voltada para a produ��o audiovisual e escrita, com c�meras fotogr�ficas anal�gicas, filmadoras, projetores, canh�es de luz e m�quinas de datilografar. � direita, figuras de madeira, arte popular brasileira, junto a pe�as que o ‘objeteiro’ Ant�nio fez com cabe�as de bonecas e garrafas de vidro.

O posicionamento de algumas pe�as propositalmente desencadeiam o humor. Na mesma se��o do primeiro celular do Brasil, o Motorola One – de dezembro de 1990, h� outros telefones, um em formato de cachorro-quente. Para Figueiredo, o cotidiano pode ser compreendido entre 1 minuto atr�s e o p�s-guerra, quando houve uma mudan�a mercadol�gica e a forma��o das ind�strias de consumo, com mais produ��o de objetos cumprindo pap�is no dia-a-dia do ser humano.  

Nenhum dos objetos tem valor estimado e nem est�o � venda. Para Ant�nio, cada um tem sua alma, feitos pensando no dia-a-dia do ser humano, com uma fun��o a cumprir. H� duas d�cadas ao menos, o ‘objeteiro’ busca expor parte do acervo, mas at� hoje n�o foi firmado um acordo. Quando for o momento, Ant�nio deseja que o p�blico realmente interaja de forma l�dica com os objetos, que eles os vejam e os toquem. Por hora, os itens seguem nos cuidados de Figueiredo e Expedito Pereira, que h� 30 anos ajuda na manuten��o da cole��o.

Ant�nio Carlos conta que desde a inf�ncia junta objetos cuja alma ele sente. Aos 10 anos, encontrou uma cadeira de barbeiro � venda, feita de madeira e tran�ada. N�o perdeu a oportunidade e, por morar com mais oito irm�os, a m�e da garotada perguntou ao jovem ‘objeteiro’ se havia espa�o na casa para a cadeira. Ele disse que sim e a m�e retrucou: “s� se for no lugar da sua cama”. O ‘objeteiro’ dormiu na cadeira por semanas e ela est� no galp�o at� hoje. E assim o processo continua, um objeto por dia, pelo menos.
O Museu do Cotidiano fica localizado na Rua Bernardo Guimar�eas, 1.296, no Funcion�rios. As visitas devem ser agendadas pelo telefone (31) 99612-2431 ou pelo e-mail [email protected]

*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Gabriel Felice


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)