O Departamento de Estado americano anunciou neste domingo ter informa��es confi�veis de que haveria "centenas" de mortos e feridos na L�bia e pediu �s autoridades de Tr�poli que autorizem manifesta��es pac�ficas, seguindo recomenda��o feita mais cedo pela Uni�o Europeia. Na Tun�sia, um representante sindical informou � AFP que centenas de tunisianos fugiram da L�bia para seu pa�s natal escapando de "um verdadeiro massacre". "Os Estados Unidos est�o muito preocupados com os informes alarmantes e imagens procedentes da L�bia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, em um comunicado. "Estamos investigando para confirmar os dados, mas recebemos muitos informes confi�veis que d�o conta de que centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas nestes dias de dist�rbios, e que ainda n�o se conhece o n�mero de mortos devido � falta de acesso da imprensa internacional e de organiza��es humanit�rias", acrescentou. "Os Estados Unidos est�o muito preocupados com os informes alarmantes e as imagens provenientes da L�bia", afirmou.
Segundo informa��es de um representante sindical de T�nis � AFP, centenas de tunisianos fugiram no domingo da L�bia rumo ao seu pa�s natal pelo posto fronteiri�o de Ras Jdir para escapar de "um verdadeiro massacre". Estes tunisianos, que n�o foram identificados, relataram ter fugido "para garantir sua pr�pria seguran�a" e mencionaram um "verdadeiro massacre (ocorrendo) atualmente na L�bia", declarou � AFP Husin Betayeb, membro da Uni�o Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT). "Centenas de tunisianos deixaram a L�bia este domingo pelo posto fronteiri�o de Ras Jdir. Havia muita gente e um grande engarrafamento nesta regi�o", afirmou. "Pusemos � disposi��o destes tunisianos cinco �nibus porque h� gente que deixou a L�bia precipitadamente e n�o tinha dinheiro para pagar seu transporte", acrescentou. "S�o pessoas que trabalham l� e deixaram a L�bia por medo de que algo aconte�a", explicou o sindicalista. Pelo menos 173 pessoas morreram na L�bia desde ter�a-feira na repress�o das manifesta��es contra o regime, segundo balan�o da organiza��o n�o-governamental Human Rights Watch (HRW) divulgado no domingo, dia em que o protesto se aproximava da capital, Tr�poli. "H� 173 mortos. � um balan�o prudente baseado em fontes hospitalares no leste da L�bia, em Benghazi e outros tr�s lugares", disse � AFP Tom Porteous, porta-voz da HRW, com sede em Nova York. "� um balan�o incompleto e tamb�m h� um grande n�mero de feridos. Segundo fontes m�dicas na L�bia, os ferimentos indicam que est�o sendo usadas armas pesadas contra os manifestantes", acrescentou Porteous. O Departamento de Estado informou que os Estados Unidos "expressaram seu forte rep�dio ao uso da viol�ncia letal contra manifestantes pac�ficos a dirigentes l�bios, entre eles o chanceler Musa Kusa". Mais cedo, a Uni�o Europeia tamb�m condenou a repress�o aos protestos na L�bia, mas Tr�poli amea�ou responder �s press�es deixando de cooperar contra a imigra��o ilegal, um tema crucial para os europeus que come�aram a revisar sua pol�tica de ajuda ao mundo �rabe. "� muito importante que se ponha fim � viol�ncia" e se retome o "di�logo" na L�bia, instou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. Ashton se reuniu no domingo, em Bruxelas, com os ministros das Rela��es Exteriores da Uni�o Europeia (UE) para analisar a onda de revoltas populares contra os regimes autorit�rios no mundo �rabe, que at� agora provocaram a queda do eg�cpio Hosni Mubarak e do tunisiano Zine el Abidine Ben Al�. "� nossa obriga��o denunciar que se fa�a uso da viol�ncia" contra "manifestantes que de forma pac�fica pedem mais liberdades e direitos", disse a ministra espanhola de Assuntos Exteriores, Trinidad Jim�nez.