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Estado de Minas

Brasileiros presos na L�bia prepararam sa�da por navio


postado em 22/02/2011 08:48 / atualizado em 22/02/2011 08:57



Roberto Roche Moreira vive há mais de dois anos na Líbia com a família(foto: Arquivo pessoal )
Roberto Roche Moreira vive h� mais de dois anos na L�bia com a fam�lia (foto: Arquivo pessoal )
Um grupo de 130 brasileiros fechados desde a semana passada em uma casa e em um hotel da cidade de Benghazi j� se prepara para uma alternativa para deixar o pa�s caso n�o seja poss�vel tomar um avi�o fretado preparado para retir�-los de l�.

A possibilidade em estudo � a sa�da por mar, pelo porto de Benghazi, em dire��o a Malta ou � It�lia. Segundo informa��es ainda n�o confirmadas, a pista do aeroporto da cidade teria sido danificada durante os protestos, prejudicando a possibilidade de sa�da com avi�o.

A cidade de Benghazi, segunda maior do pa�s, � o principal foco das manifesta��es contra o governo do coronel Muammar Kadafi, no poder no pa�s h� mais de quatro d�cadas.

Dezenas de pessoas teriam morrido em consequ�ncia da repress�o aos protestos no fim de semana. Grupos opositores teriam tomado o poder na cidade.

Os brasileiros do grupo s�o funcion�rios da empresa Queiroz Galv�o, que tem contrato para seis projetos de obras de infraestrutura na regi�o de Benghazi.

A empresa mant�m as fam�lias de brasileiros e tamb�m de empregados portugueses na casa do diretor da empresa para o Norte da �frica, Marcos Jord�o. H� v�rias crian�as no grupo. Os funcion�rios solteiros est�o alojados em um hotel pr�ximo. “Estamos todos bem. Temos suprimentos para mais de cinco dias, mas esperamos uma defini��o para conseguirmos a retirada entre hoje e amanh�”, afirmou Jord�o em entrevista � BBC Brasil por telefone.

Segundo ele, os planos de retirada est�o sendo coordenados entre a empresa e as Embaixadas do Brasil e de Portugal na L�bia. “A ansiedade � grande, todo mundo aqui est� com sua malinha pronta para ir embora”, afirmou � BBC Brasil Roberto Roche Moreira, que est� na casa de Jord�o em Benghazi com a mulher e dois filhos.

Empenho

A filha mais velha de Moreira, Mariana, que vive no Rio de Janeiro, disse � BBC que espera do governo brasileiro um empenho maior na retirada dos brasileiros presos em Benghazi. “O governo brasileiro precisa agir. Queria saber o que eles est�o fazendo a respeito, mas tudo o que eu consegui ouvir nos contatos que fiz l� (no Itamaraty) foram respostas padr�es. Eles s� respondem que est�o negociando, tudo muito vago”, disse Mariana, de 27 anos.

Roberto Moreira, por�m, diz que todos na casa est�o “bens e tranquilos” e diz que tanto a Queiroz Galv�o quanto as embaixadas do Brasil e de Portugal est�o empenhadas em conseguir a retirada dos funcion�rios da empresa. “Em nenhum momento nos sentimos abandonados’, disse. “O problema maior � de log�stica, saber quem vai liberar nossa sa�da”, afirmou, observando que o salvo-conduto para a movimenta��o do grupo pode ter que ser negociado com os grupos de oposi��o que teriam tomado conta da cidade. “Queremos sair o mais r�pido poss�vel, mas temos que sair com seguran�a, com a certeza de que n�o vamos enfrentar nenhum perigo pelo caminho. Aqui est� todo mundo bem, todo mundo tranquilo, mas n�o vamos nos arriscar”, afirmou.

Tiros

Segundo Marcos Jord�o, o grupo de cerca de 50 pessoas que est� fechado em sua casa desde a quarta-feira n�o chegou a observar a viol�ncia decorrente da repress�o aos protestos populares. “Nos primeiros dias, ouv�amos de longe sons de tiros, mas desde s�bado � noite n�o temos ouvido mais nada. A cidade parece estar tranquila agora”, diz.

Segundo ele, as informa��es que o grupo recebe s�o escassas, por conta do bloqueio � internet e a censura na imprensa local. A �nica fonte de informa��o s�o os canais internacionais da TV por sat�lite, que n�o tem sido bloqueada.

Os servi�os telef�nicos tamb�m est�o prejudicados. Os brasileiros contam que conseguem receber liga��es, mas n�o conseguem ligar para fora.

Jord�o foi o �nico do grupo a deixar a casa, para visitar os demais funcion�rios alojados pela empresa em um hotel pr�ximo. Ele contou ter visto sinais das manifesta��es nas ruas, como pilhas de lixo e pneus queimados e materiais militares abandonados, mas afirmou n�o ter visto pessoas protestando nem epis�dios de viol�ncia.

Segundo ele, o com�rcio para suprimentos, como supermercados, permanecia aberto na cidade.
“As informa��es que temos ainda s�o desencontradas. Sabemos que houve algo pesado, pela quantidade de tiros que ouvimos, mas cada um diz uma coisa e todos tendem a aumentar um pouco”, diz. “Temos procurado ficar distantes desses eventos, sem nos envolver”, afirma. A Queiroz Galv�o � a �nica empresa brasileira instalada na regi�o de Benghazi. Outras tr�s companhias do pa�s – Petrobras, Odebrecht e Andrade Gutierrez - mant�m escrit�rios e funcion�rios na capital do pa�s, Tr�poli.


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