O Conselho de Seguran�a da ONU condenou nesta ter�a-feira os ataques das for�as leais ao l�der l�bio, Muamar Kadhafi, contra manifestantes, e pediu o "fim imediato da viol�ncia" na L�bia. A diplomata brasileira e atual presidente do Conselho de Seguran�a, Maria Luiza Ribeiro Viotti, "condenou a viol�ncia e o uso da for�a contra civis, lamentando a repress�o sobre manifestantes pac�ficos e expressando seu profundo pesar pela morte de centenas de civis".
O Conselho exige "o fim imediato da viol�ncia e a ado��o de medidas para responder �s demandas leg�timas da popula��o", disse a embaixadora brasileira ao final da reuni�o.
Os membros do Conselho tamb�m "pediram ajuda internacional para o povo da L�bia" e "destacaram a necessidade de o governo l�bio respeitar o direito de reuni�o e de express�o, incluindo a liberdade de imprensa".
O Conselho manifesta ainda "sua profunda preocupa��o com a seguran�a dos estrangeiros na L�bia".
A diplomata americana Rosemary DiCarlo destacou que "a comunidade internacional disse de forma clara e unida que condena a viol�ncia contra civis na L�bia, e que ela deve parar imediatamente". Diplomatas l�bios que romperam com o l�der Muamar Kadhafi haviam solicitado a reuni�o, e pediram uma zona de proibi��o de voo sobre o pa�s imposta pela ONU, assim como a��o humanit�ria. Mas diplomatas afirmaram que estes planos n�o foram discutidos.
Ibrahim Dabbashi, o embaixador adjunto da L�bia na ONU, afirmou � imprensa que o comunicado do Conselho "n�o era forte o suficiente" e que, desde o discurso desafiador de Kadhafi, come�aram ataques contra civis no oeste da L�bia.
Ele citou Gharyan, Zuwarah e outras cidades que, segundo ele, estavam sob o ataque de for�as de seguran�a leais a Kadhafi. Dabbashi n�o divulgou a fonte de sua informa��o ou que tipos de ataques estavam ocorrendo.
"Eles est�o atacando todas as pessoas em cidades do oeste da L�bia", disse.
"Certamente as pessoas n�o t�m armas. Neste momento eu penso que o genoc�dio come�ou na L�bia", acrescentou, antes de ser escoltado para fora por seguran�as da ONU. Kadhafi ordenou mais cedo �s for�as de seguran�a que esmaguem a revolta, que j� dura uma semana e que pede sua sa�da do poder ap�s 41 anos, alertando que manifestantes armados ser�o mortos e prometendo lutar at� o fim.
O coronel Kadhafi prometeu permanecer na L�bia como l�der, dizendo que morrer� como um m�rtir na terra de seus ancestrais e que lutar� at� a "�ltima gota" de seu sangue.