A Am�rica Latina avan�ou na coopera��o multilateral no �mbito da seguran�a em 2010, incentivada por um contexto econ�mico mundial dif�cil, mas continua existindo "um abismo importante entre ambi��o e realidade", afirmou nesta ter�a-feira o Instituto de Estudos Estrat�gicos (IISS), em seu balan�o estrat�gico anual.
"As restri��es econ�micas foram importantes para fomentar melhores rela��es entre os Estados ao incentivar tanto as limita��es no gasto militar como compromissos pragm�ticos na busca de com�rcio e outros benef�cios econ�micos", afirma o documento.
No entanto, acrescenta, apesar desta reativa��o o "interesse na gest�o multilateral da seguran�a regional, continua havendo uma brecha importante entre ambi��o e realidade" no subcontinente.
Apesar da melhoria das rela��es entre a Col�mbia, Equador e Venezuela, que o IISS considera que "teve pouco a ver com a media��o multilateral", a regi�o ainda possui disputas pendentes entre governos em n�vel regional, incluindo a fronteira entre Costa Rica e Nicar�gua e, inclusive internacional, como a reivindica��o diplom�tica argentina sobre a soberania das ilhas Malvinas (Falkland) em poder da Gr�-Bretanha.
Do lado positivo, o relat�rio destaca o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), a inst�ncia de consulta, coopera��o e coordena��o em termos de defesa dos 12 pa�ses membros da Uni�o das Na��es Sul-americanas (Unasul), e seus acordos para aumentar a transpar�ncia no relativo aos gastos, as estrat�gias e as opera��es militares.
Esta crescente integra��o sub-regional ficou ilustrada nos esfor�os conjuntos de assist�ncia humanit�ria depois dos terremotos do Chile e do Haiti, e na recupera��o da Miss�o das Na��es Unidas para a Estabiliza��o no Haiti (MINUSTAH).
O informe assinala, por outra parte, que, apesar de a Am�rica Latina no geral, com exce��o da Venezuela, sair mais airosa da crise mundial que os outros continentes, a situa��o econ�mica global se refletiu nos or�amentos da defesa.
A regi�o gastou 58,736 bilh�es na defesa em 2009, o ano em que o documento se baseia, o que representa em m�dia 1,38% de seu PIB, contra 57,736 bilh�es um ano antes (1,35% do PIB).
O Brasil � respons�vel por quase metade deste gasto - 25,984 bilh�es - dentro de sua Estrat�gia Nacional de Defesa, que inclui um importante plano de investimentos para modernizar suas for�as armadas.
A seguir vem a Col�mbia (9,603 bilh�es), Chile (5,044 bilh�es), M�xico (4,769 bilh�es) e Venezuela (3,316 bilh�es).
No caso da Venezuela, o �nico pa�s sul-americano em recess�o em 2010, "a situa��o econ�mica calamitosa foi um obst�culo em sua busca de melhores capacidades militares", estimou o IISS.