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Estado de Minas

Papa diz em novo livro que Jesus n�o era revolucion�rio


postado em 10/03/2011 18:04 / atualizado em 10/03/2011 18:23


(foto: AFP)
(foto: AFP)
No segundo volume de seu livro sobre a vida de Jesus, lan�ado oficialmente nesta quinta-feira, o papa Bento 16 afirma que o Cristo n�o era um “revolucion�rio”.

Em Jesus de Nazar�, da Entrada em Jerusal�m at� a Ressurrei��o, o sumo pont�fice diz que Jesus “n�o vem (ao mundo) como um destruidor. Ele n�o vem empunhando a espada de um revolucion�rio”. Em vez disso, Jesus vem “com o dom da cura”, para revelar “o poder do amor”.

Bento 16 afirma que, na �poca em que Jesus viveu, n�o havia separa��o entre pol�tica e religi�o, e que teria sido o pr�prio Jesus que estabeleceu a dist�ncia entre as duas coisas.

"Naquela �poca as dimens�es pol�tica e a religiosa eram absolutamente insepar�veis", disse Bento 16. "Jesus, com sua mensagem e modo de agir, inaugurou um reino n�o-pol�tico do Messias e come�ou a separar uma coisa da outra."

Extremismo

O livro, dividido em 9 cap�tulos, � a continua��o do que Bento 16 escreveu em 2007, Jesus de Nazar�, e fala sobre a trajet�ria de Cristo desde a sua entrada em Jerusal�m at� sua morte e Ressurrei��o.

Este segundo volume da vida de Jesus Cristo, segundo o papa, ser� lan�ado em 24 l�nguas. No Brasil, ele ser� publicado pela editora Planeta.

No livro, Bento 16 faz refer�ncia aos extremismos religiosos, afirmando que "os terr�veis resultados de uma viol�ncia motivada religiosamente est�o, de modo dr�stico, diante dos olhos de todos n�s. A viol�ncia � o instrumento preferido do anticristo, n�o � �til ao humanismo, mas � desumanidade”.

"Toda a atividade e a mensagem de Jesus, desde as tenta��es no deserto, ao batismo no Jord�o, ao discurso da montanha, at� a par�bola do ju�zo final, se op�em decididamente a esta imagem."

"A subvers�o violenta e o assass�nio de outros em nome de Deus n�o correspondem a Seu modo de ser", escreve Bento 16.

O papa afirma que a imagem de Jesus como revolucion�rio teve relev�ncia na d�cada de 1960, quando autores interpretaram a passagem da purifica��o do Templo como um ato de viol�ncia pol�tica.

O fato de Jesus ter sido preso e justi�ado seria outra prova de que foi um revolucion�rio, na vis�o de autores naquela d�cada.

"Esta tese provocou uma onda de teologias pol�ticas e de teologias da revolu��o", escreve o papa, sem citar explicitamente movimentos como a Teologia da Liberta��o.

"Desde ent�o, acalmou-se a onda das teologias da revolu��o que tentou legitimar a viol�ncia como meio para instaurar um mundo melhor."

Situa��o atual

Na introdu��o do livro, o papa esclarece que tamb�m teve a preocupa��o de enfocar a "figura realmente hist�rica” de Jesus, “de modo que possa ser �til a todos os leitores que queiram encontrar Jesus e acreditar n'Ele".

Na parte final do livro, Bento 16 recorda uma das passagens o Evangelho e a utiliza para fazer uma compara��o com a situa��o atual da Igreja Cat�lica.

Ele cita a parte em que, depois de multiplicar os p�es, Jesus manda os disc�pulos pegarem um barco e esperarem por ele no outro lado do rio. Um vento forte e o mar agitado amea�am os disc�pulos e, assim, Jesus vai na dire��o deles caminhando sobre as �guas.

"Hoje o barco da Igreja, com o vento contr�rio da Hist�ria, navega atrav�s do oceano agitado do tempo. Muitas vezes temos a impress�o que vai afundar. Mas o Senhor est� presente e chega no momento oportuno."


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