
�s v�speras da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Bras�lia, os textos dos acordos que ele assinar� com a presidente Dilma Rousseff ainda est�o sendo finalizados. Os principais entraves s�o jur�dicos e pol�ticos, segundo negociadores de ambos os pa�ses. Um dos temas mais delicados � o Tratado de Coopera��o Econ�mica (cuja sigla em ingl�s � Teca). No total, Dilma e Obama dever�o firmar 20 parcerias. Obama fica nos dias 19 e 20 (s�bado e domingo).
O Teca estabelece um mecanismo bilateral, em n�vel ministerial, para que as barreiras ao com�rcio e aos investimentos nos Estados Unidos e no Brasil sejam discutidas e resolvidas. Uma das dificuldades � a quest�o das barreiras sanit�rias a produtos como carnes e frutas brasileiras, definindo meios de simplificar as normas alfandeg�rios e t�cnicas. N�o h� diminui��o de tarifas de importa��o.
Na viagem ao Brasil, o presidente americano quer tratar ainda da quest�es das mudan�as clim�ticas e de propostas para o desenvolvimento sustent�vel. A agenda de Obama em Bras�lia se dividir� em quatro etapas: de manh�, no Pal�cio do Planalto; durante o almo�o no Itamaraty; � tarde com empres�rios, em um edif�cio da cidade; e � noite, um jantar privado no Pal�cio da Alvorada, oferecido por Dilma para a fam�lia Obama.

Por�m, h� acordos j� praticamente certos, como o que define planos para a divulga��o da Copa do Mundo de 2014 e das Olimp�adas de 2016, em parceria com a iniciativa privada e o governo americanos.
Outra parceria que tamb�m est� com o esbo�o do texto elaborado � a que trata de coopera��o na �rea de Previd�ncia Social. Pelo acordo, aquele que paga a Previd�ncia nos Estados Unidos e resolve mudar para o Brasil aproveitar� o que foi investido. A medida pode beneficiar cerca de 1 milh�o de brasileiros.
Na �rea social, a ideia � fechar um acordo estabelecendo propostas para os esfor�os comuns na luta pela igualdade de g�neros e ra�a.
Discurso ao p�blico
Na visita ao Brasil, Obama est� determinado a discursar para o p�blico, a exemplo do que fez em 2008, em Berlim (ainda como candidato), e depois em 2009, no Cairo. Tanto na Alemanha quanto no Egito, Obama defendeu a paz como base para o di�logo internacional. A tend�ncia, de acordo com organizadores da viagem, � que o tema seja o mesmo. Por�m, no Brasil o local para o discurso ainda n�o foi escolhido.

Um grupo de assessores defende que Obama fale para um p�blico mais restrito em Bras�lia e que o discurso seja direcionado a empres�rios. H� tamb�m um grupo favor�vel a um p�blico mais amplo, com o discurso aberto para a sociedade em geral. Nesse caso, o Rio de Janeiro ser� o palco, com direito a tel�o para tradu��o simult�nea. As op��es, no Rio, v�o desde o Maracan�zinho at� Copacabana e a Cinel�ndia. Uma equipe de norte-americanos desembarca neste s�bado no Rio para decidir.
No entanto, Obama j� manifestou interesse em uma agenda livre no Rio de Janeiro no domingo, dia 20. De manh� e � noite, o presidente, a primeira-dama Michelle Obama, e as filhas Malia, de 11 anos, e Sasha, de 9, poder�o escolher o que fazer. No que depender dos assessores americanos, as alternativas s�o v�rias.

Assessores de Obama examinaram outras comunidades que tamb�m passaram pelo processo de pacifica��o, entre elas a Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, que tamb�m virou tema de um filme, Cidade de Deus (2002), que conta a evolu��o do crime organizado na regi�o.
Assim como em Bras�lia, no Rio Obama tamb�m vai se reunir com empres�rios.
Para os diplomatas brasileiros, a visita de Obama ao Brasil com a fam�lia � a demonstra��o de que as rela��es dos Estados Unidos com o Brasil v�o al�m das quest�es de Estado, como a manuten��o de la�os comuns, que unem na��es que nasceram da coloniza��o e progrediram definindo o pr�prio rumo.
Do Brasil, Obama seguir� para o Chile, onde fica de 21 a 22 deste m�s, e depois para El Salvador, onde ficar� apenas no dia 23. De acordo com o governo chileno, na visita do presidente americano ser�o abordados v�rios temas de interesse comum dos dois pa�ses.