
A terceira maior comunidade brasileira no exterior vive no Jap�o. Dos 254 mil cidad�os que moram l�, cerca de 650 estavam nas tr�s prov�ncias mais atingidas pelo terremoto. Em Ibaraki, outra localidade pr�xima aos tremores mais intensos, eles s�o quase 10 mil. A Embaixada do Brasil em T�quio trabalha em regime de plant�o 24 horas desde o abalo e mant�m contato direto com o Minist�rio das Rela��es Exteriores japon�s, que criou uma for�a-tarefa para atender demandas e fazer um levantamento de poss�veis v�timas de outros pa�ses – at� a noite de ontem n�o havia registro. A presidente Dilma Rousseff enviou uma mensagem de condol�ncias e ofereceu ajuda ao primeiro-ministro Naoto Kan.
O embaixador Marcos Bezerra Abbott Galv�o, que assumiu o posto no Jap�o h� apenas oito semanas, afirmou que poucos estrangeiros vivem nas �reas atingidas pelo tsunami. "As prov�ncias t�m um n�mero relativamente baixo de brasileiros. Felizmente, ainda n�o recebemos registros de v�timas. Estamos em contato constante com o governo japon�s", disse o diplomata, por telefone, �s 3h40 de hoje (hor�rio local). A representa��o brasileira ainda n�o trabalha com a possibilidade de dar assist�ncia a cidad�os que necessitem de alojamento. "Estamos recebendo e-mails, atendendo telefones e at� agora n�o recebemos nenhuma informa��o sobre brasileiros que estejam desabrigados, o que n�o quer dizer que n�o possa ter ocorrido", afirmou Galv�o.
Em T�quio, as comunica��es foram prejudicadas, os telefones ficaram fora do ar durante muitas horas e os transportes p�blicos foram paralisados. "� bom que os familiares de brasileiros saibam que o contato ainda est� dif�cil em determinados locais", informou Galv�o. Alguns funcion�rios da embaixada foram para casa depois do susto do terremoto, mas grande parte permaneceu no local. O ministro-conselheiro Oct�vio Cortes estava no terceiro andar do pr�dio quando come�aram os tremores. "O terremoto foi muito violento. Estava no meu escrit�rio e foi dif�cil at� descer as escadas. Apesar da viol�ncia, o Jap�o est� muito bem preparado, e os efeitos foram mitigados por essa prepara��o, j� que eles sofrem com a sensibilidade s�smica h� v�rios anos", contou.
Susto Os depoimentos que se seguiram ao terremoto s�o impressionantes. Como a maior parte da telefonia ficou desativada, muitas pessoas usavam as redes sociais como o Facebook e o Twitter para obter informa��es sobre parentes e amigos. A desconfian�a e o medo ainda se fazem sentir, j� que os tremores secund�rios – muitos deles fortes – continuaram por todo o dia.
O comediante brasileiro Luiz Fran�a, que est� no Jap�o, na prov�ncia de Gunma, postou uma mensagem em seu Twitter informando sobre a situa��o: "Acabamos de saber que �s 3h vai rolar um terremoto forte, esperamos que n�o seja como o da tarde.” Ele disse que, devido aos constantes tremores, teria que dormir em um estacionamento aberto por ser mais seguro. "Estamos em um estacionamento aberto. Por aqui � mais seguro porque treme com menor gravidade. Espero que tudo termine bem. Tudo que eu mais queria era estar em casa agora!"