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Estado de Minas

Moradores de col�nia japonesa em S�o Paulo est� apreensiva por not�cias de parentes


postado em 12/03/2011 07:34

A estudante Noriko Imai, 23 anos, japonesa de T�quio, n�o acreditou quando acordou, ontem, e ligou a televis�o. Como a maioria dos japoneses que moram em S�o Paulo, ela passa a maior parte do dia com a TV japonesa ligada, para n�o perder os v�nculos. H� tr�s meses no Brasil, ela conta que a cidade em que morava, Kawasaki, foi devastada. "At� agora, n�o consigo entender o que aconteceu. Parece que estou num pesadelo, vou acordar logo mais e tudo vai estar em seu devido lugar", conta. At� as 19h30, Noriko procurava dois irm�os que estavam na escola no momento em que a terra tremeu. Ela havia falado pela internet com os pais e estava aliviada, "em parte", j� que a casa da fam�lia ficou sem danos � viol�ncia da cat�strofe.

A not�cia do terremoto seguido de tsunami pegou de surpresa toda a comunidade japonesa que trabalha e frequenta o bairro da Liberdade, reduto oriental no Centro de S�o Paulo. Logo no in�cio da manh� de ontem, eles se aglomeravam em volta de televisores que mostravam a imagem da trag�dia. Na Associa��o Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), pelo menos 30 japoneses que n�o conseguiam contato com familiares tentavam fazer liga��es para T�quio. "Meu irm�o entra todos os dias no site de bate-papo da internet, e hoje ele n�o apareceu", lamentava o estudante Jogi Ushida, de 28 anos. J� vendedora de importados, Miti� Urayama, 42, tem dois filhos morando na costa Oeste do Jap�o. Ela ainda n�o conseguiu conversar com eles, mas tem certeza de que eles est�o a salvo: "Eles mandaram mensagens pelo celular".

O que mais chama a aten��o, quando algu�m observa os japoneses da Liberdade em busca de not�cias de parentes, � a calma aparente. Eles relatam as tentativas de conseguir not�cias com a maior tranquilidade. "Faz parte da cultura deles serem reservados e n�o demonstrar emo��es. Mas, por dentro, eles est�o abalados", explica a psic�loga Tayana Sato, 34. Ela conta que o brasileiro � expansivo na hora de demonstrar sofrimento diante de uma trag�dia, e isso faz com que haja uma compara��o entre as rea��es de cada cultura.

Segundo o presidente da Uni�o Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de S�o Paulo (Ucens), Carlos Munetachi Hayashida, a entidade vai facilitar a partir de hoje o contato dos japoneses que moram no Brasil com parentes que est�o no Jap�o. "O telefone aqui n�o para de tocar. Todo mundo quer saber not�cias de parentes e amigos que n�o mandam recado nem e-mail", ressaltou.


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