O governo dos EUA elogiou a decis�o da Liga �rabe, anunciada hoje, de pedir que o Conselho de Seguran�a da ONU crie uma zona de exclus�o a�rea sobre a L�bia. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o pedido "fortalece a press�o internacional sobre (o l�der Muamar) Kadafi e o apoio ao povo l�bio".
O bloco �rabe, que tem 22 membros, disse tamb�m que o governo de Kadafi "perdeu sua soberania" e que pretende estabelecer contatos com o Conselho L�bio Nacional, que � formado pelos rebeldes. Para o analista pol�tico eg�pcio Amr el-Shobaki, a decis�o reflete o grau de revolta no mundo �rabe, assolado por subleva��es antigovernamentais em pa�ses como Bahrein e I�men. "Seria muito dif�cil para a Liga �rabe ignorar o povo �rabe da forma como fez no passado", disse ele.
El-Shobaki acrescentou que Kadafi tem poucos amigos de verdade entre os l�deres �rabes, depois de publicamente ter insultado muitos deles, inclusive em reuni�es de c�pula da pr�pria Liga. O secret�rio-geral da Liga, Amr Moussa, reconheceu a rapidez com a qual a situa��o tem mudado na regi�o. "H� uma nova dire��o que foi imposta pelas mudan�as no cen�rio �rabe", disse ele, em entrevista coletiva. Moussa acrescentou que a cria��o de uma zona de exclus�o a�rea seria uma medida humanit�ria de prote��o aos civis l�bios e a estrangeiros no pa�s e n�o uma interven��o militar.
A Liga sozinha n�o pode impor a restri��o, mas sua aprova��o d� aos EUA e �s pot�ncias ocidentais um apoio regional crucial do qual precisam para faz�-lo. Ainda n�o se sabe se as for�as �rabes v�o participar de patrulhas a�reas em apoio � zona de exclus�o. Diplomatas que fazem parte ou j� integraram a Liga �rabe disseram que n�o se lembram de o bloco regional ter aprovado, em algum outro momento, uma medida que infringe a soberania de um Estado-membro.