
A crise nuclear japonesa se intensifica neste domingo na medida em que as autoridades tentam combater v�rios derretimentos em reatores at�micos e mais de 170 mil pessoas foram retiradas da nordeste por causa dos temores de uma poss�vel contamina��o radioativa. As operadoras das usinas nucleares tentam manter as temperaturas baixas em v�rios reatores nucleares - dentre eles um no qual as autoridades temem que esteja havendo um derretimento parcial - para evitar que as coisas piorem.
O secret�rio-chefe de Gabinete, Yukio Edano, disse neste domingo que uma explos�o de hidrog�nio pode ocorrer no reator 3 da usina de Fukushima. No s�bado, uma explos�o foi registrada no reator n�mero 1 da mesma usina, onde funcion�rios tentavam evitar um derretimento usando �gua do mar para esfri�-lo. "Mesmo sob o risco de elevar a preocupa��o p�blica, n�o podemos afastar a possibilidade de uma explos�o", disse Edano. "Se houver uma explos�o, por�m, n�o haver� impacto significativo sobre a sa�de humana."
Mais de 170 mil pessoas foram evacuadas como precau��o, embora Edano tenha afirmado que a radioatividade liberada no meio ambiente at� agora � t�o pequena que n�o representa nenhuma amea�a � sa�de.
Um derretimento completo - o colapso do sistema da usina de energia e sua capacidade de manter as temperaturas sob controle - pode liberar ur�nio e contaminantes perigosos no ambiente e representar um grave e amplo risco � sa�de. At� 160 pessoas, dentre elas 60 pacientes idosos e funcion�rios da sa�de que estavam aguardando a evacua��o na cidade de Futabe, podem ter sido expostas � radia��o, disse Ryo Miyake, porta-voz da ag�ncia nuclear japonesa. N�o est� claro qual foi a severidade da exposi��o ou se ela atingiu n�veis perigosos, mas essas pessoas foram levadas a hospitais.
Edano disse que as operadoras tentam esfriar a diminuir a press�o no reator 3, da mesma forma que fizeram um dia antes no reator 1. "Estamos tomando medidas na unidade 3 baseados na possibilidade semelhante" de um derretimento parcial, disse Edano.
O Jap�o enfrenta uma crise nuclear enquanto tenta determinar a escala do terremoto de magnitude 8,9 ocorrido na sexta-feira, o mais forte j� registrado no pa�s, que foi seguido por um tsunami que devastou a costa nordeste japonesa. Segundo autoridades, mais de 1.400 pessoas morreram e centenas est�o desaparecidas, mas a pol�cia de Miyagi, uma das �reas mais atingidas, estima que os mortos apenas na prov�ncia possam chegar a 10 mil.