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Estado de Minas JAP�O

"Todos est�o correndo para supermercados para estocar comida e �gua", diz mineiro


postado em 13/03/2011 13:57 / atualizado em 13/03/2011 14:18

Japoneses se aglomeram na porta de supermercado em busca de água e comida(foto: Samir Kashimoto/Arquivo Pessoal)
Japoneses se aglomeram na porta de supermercado em busca de �gua e comida (foto: Samir Kashimoto/Arquivo Pessoal)

J� � madrugada de segunda-feira no Jap�o. H� mais de 48 horas o pa�s vive uma das piores trag�dias de sua hist�ria. Ap�s terremotos e tsunami devastadores, a imin�ncia de uma cat�strofe nuclear deixa o mundo em alerta. Duas rea��es s�o observadas nas regi�es onde est�o as usinas nucleares que amea�am explodir: parte da popula��o estoca comida e �gua, enquanto outra busca ref�gio em regi�es distantes. � o que relata o belo-horizontino Samir Kashimoto, de 28 anos, que mora na prov�ncia de Fukuba, vizinha a Fukushima, onde est� uma das usinas que mais alerta as autoridades locais.

“Minha preocupa��o mesmo � em caso de uma explos�o inesperada liberar uma quantidade grande de radia��o no ar que possa atingir a prov�ncia onde moro. Se isso acontecer, haver� um �xodo em massa para Tokyo e regi�es mais ao Sul. Como n�o tenho carro e dependo de trens eu prefiro me prevenir e sair antes de qualquer coisa aconte�a. Se nada ocorrer volto pra casa como se nada tivesse acontecido”, relata Samir, que h� tr�s anos mora no Jap�o, onde cursa mestrado em design.

O estudante mineiro conta que a situa��o na prov�ncia onde mora � de muita tens�o por causa dos boatos entre a popula��o. “Aqui todos est�o correndo para supermercados pra estocar comida e �gua. Estamos com falta de �gua e energia em partes do dia. H� muita desinforma��o, principalmente de fontes fora do Jap�o”, diz.

Em Ibaraki, ruas desertas e com poucos sinas de destruição(foto: Samir Kashimoto/Arquivo Pessoal)
Em Ibaraki, ruas desertas e com poucos sinas de destrui��o (foto: Samir Kashimoto/Arquivo Pessoal)
Samir ressalta que o governo e as ag�ncias de not�cias locais tranquilizam a popula��o. Questionado sobre a possibilidade das autoridades tentarem conter o caos, amenizando a situa��o, o estudante acredita que isso seja poss�vel, mas se demonstra seguro. “Existe esta possibilidade. Mas geralmente os japoneses s�o muito corretos e organizados em tudo. N�o vejo motivo para eles esconderem nada. At� porque, se eles est�o tomando qualquer medida, certamente ser� com margem grande de seguran�a para evitar o pior”, avalia.


Na cidade onde mora, Ibaraki, h� poucos sinas de destrui��o provocados pelos terremotos, mas Samir mostra imagens da bagun�a que ficou no apartamento onde mora. Ele ressalta que desde que se mudou para o Jap�o, j� vivenciou a experi�ncia de sentir a terra tremer v�rias vezes. “� normal”, garante. Os sismos n�o o assustam, mas o risco de cont�gio por ventos radioativos o obrigam a deixar a cidade. Ele seguir� para Kyoto, que fica na Regi�o Centro-sul do pa�s, mas sua inten��o � chegar at� Fukuoka, no extremo-sul.

Apartamento de Samir ficou revirado após terremotos(foto: Samir Kashimoto/Arquivo Pessoal)
Apartamento de Samir ficou revirado ap�s terremotos (foto: Samir Kashimoto/Arquivo Pessoal)


“Eu sinto que, embora a situa��o n�o seja boa, n�o h� todo esse clima de cat�strofe aqui. O problema est� mais localizado na regi�o onde houve o tsunami e onde a Usina est�. Do Centro para o Sul a vida segue normalmente”, destaca.

Aux�lio a partir de Belo Horizonte

Samir foi aluno do Instituto Cultural ICO Bunka Gakuin, localizado no Bairro Funcion�rios, na capital mineira. Ao todo, h� oito alunos desta escola morando no Jap�o, estudando por meio de bolsas de estudo. O professor Tatsuo Kanashiro, que comanda a escola, est� em permanente contato com os pupilos e tenta auxili�-los neste momento de grande apreens�o.

“Todos est�o na grande �rea de Tokyo e querem se refugiar na parte sul e sudeste do Jap�o. Eu estou tentando abrig�-los na casa de meus familiares”, afirma Kanashiro. Ele estava em visita ao seu pa�s de origem e retornou ao Brasil dias antes da trag�dia. “� muito triste. H� milhares de mortos”, lamenta.

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