Bahrein decreta estado de urg�ncia e entra em crise com Ir�

Um manifestante e um policial foram mortos nesta ter�a-feira no Bahrein onde o rei proclamou estado de urg�ncia no dia seguinte � chegada de tropas do Golfo para ajudar a conter a onda de contesta��o xiita, que criou uma crise diplom�tica com o Ir�. Apesar da proclama��o do estado de urg�ncia, milhares de manifestantes xiitas se reuniram diante da embaixada saudita para protestar contra a chegada de tropas desse pa�s. "Bahrein livre, fora tropas do 'Escudo da Pen�nsula'", bradava a multid�o. As tropas mobilizadas pertenciam ao "Escudo da Pen�nsula", uma for�a conjunta dos pa�ses do Conselho de Coopera��o do Golfo (CCG - Ar�bia Saudita, Bahrein, Emirados �rabes Unidos, Om�, Qatar e Kuwait). Um manifestante foi morto durante confrontos com as for�as de seguran�a no setor xiita de Sitra, ao sul de Manama, segundo fontes m�dicas e ativistas. Um policial tamb�m morreu depois de ter sido atropelado intencionalmente por um motorista que fazia parte dos "arruaceiros", anunciou o Minist�rio do Interior. "Em raz�o das circunst�ncias no Bahrein (...) o rei, Hamad Ben Issa al-Khalifa, proclamou estado de urg�ncia por um per�odo de tr�s meses", indica um comunicado oficial. O rei encarregou o comandante das For�as Armadas de restabelecer a ordem mobilizando o Ex�rcito, as for�as policiais, as unidades da Guarda Nacional e "qualquer outra for�a, caso seja necess�rio". Esta �ltima men��o parece ser uma refer�ncia �s unidades sauditas e aos policiais dos Emirados �rabes Unidos mobilizados no Bahrein. No campo diplom�tico, o Bahrein anunciou ter convocado o seu embaixador em Teer� para protestar contra as cr�ticas iranianas � mobiliza��o de for�as do Golfo, principalmente sauditas, no pequeno reino para conter as manifesta��es contra a dinastia sunita. "O embaixador do Bahrein em Teer� foi convocado para consulta", indicou um porta-voz do Minist�rio bareinita das Rela��es Exteriores depois de ter denunciado as cr�ticas iranianas. "O Bahrein condena com veem�ncia a declara��o iraniana que � uma inger�ncia flagrante em seus assuntos internos. Ele a rejeita em sua totalidade e v� nela uma amea�a � seguran�a da regi�o", declarou Hamad al-Amer, subsecret�rio do Minist�rio � ag�ncia oficial Bna. "A declara��o iraniana n�o respeita nenhum dos princ�pios da boa vizinhan�a, da lei internacional, da Carta das Na��es Unidas e da Organiza��o da Confer�ncia Isl�mica", disse o porta-voz bareinita. Em Teer�, o Minist�rio iraniano das Rela��es Exteriores classificou a interven��o de for�as estrangeiras no Bahrein de "inaceit�vel" e considerou que ela "tornar� a situa��o mais complicada e mais dif�cil" de resolver. O Ir� protestou oficialmente contra o envio de tropas do Golfo ao Bahrein, convocando o embaixador saudita, o embaixador su��o (representante dos interesses americanos no Ir�) e o encarregado de neg�cios bareinita. A Casa Branca, advertiu nesta ter�a-feira que "n�o h� solu��o militar" para os acontecimentos pol�ticos no Bahrein, onde a maioria da popula��o � xiita e a monarquia � sunita. "Uma coisa est� clara: n�o h� solu��o militar para os problemas do Bahrein. Uma solu��o pol�tica � necess�ria e todas as partes devem trabalhar por um di�logo que atender� �s necessidades de todos os habitantes de Bahrein", declarou o porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor.