O ministro do Interior do Egito, Mansour al-Issawi, dissolveu a ag�ncia de seguran�a eg�pcia, acusada de desrespeitar direitos humanos h� d�cadas.
O Servi�o de Investiga��o de Seguran�a do Estado (SISS) ser� substitu�do por uma For�a Nacional de Seguran�a, a ser criada.
A nova ag�ncia ter� como miss�o combater o terrorismo e proteger o p�blico dom�stico.
As a��es da SISS ajudaram a desencadear o levante popular que derrubou o presidente Hosni Mubarak no m�s passado.
Seus agentes s�o acusados de usar a viol�ncia para tentar frear os protestos na pra�a Tahrir, no Cairo. Ao menos 365 pessoas morreram durante os 18 dias de turbul�ncia no pa�s.
O diretor da SISS foi preso e est� sendo investigado por supostamente ter ordenado a morte de manifestantes contr�rios ao governo. Outros 47 de seus funcion�rios foram detidos, acusados de destruir provas.
Tortura
Nesta ter�a-feira, o ministro do Interior anunciou que todos os ramos administrativos e escrit�rios da SISS seriam desativados.
O ministro disse � ag�ncia de not�cias estatal Mena que a nova For�a Nacional de Seguran�a serviria “� na��o, sem interferir nas vidas de cidad�os nem sobre seu direito de exercitar seus direitos pol�ticos”.
Segundo a Mena, os integrantes do �rg�o ser�o selecionados nos pr�ximos dias.
A SISS, que tinha ao menos 100 mil funcion�rios, era conhecida por usar quaisquer meios para manter Mubarak no poder por mais de tr�s d�cadas.
Grupos de direitos humanos documentaram centenas de casos de tortura e abusos por agentes da SISS, bem como pris�es e deten��es arbitr�rias. Seus m�todos de tortura inclu�ram suspender v�timas pelos tornozelos ou punhos; espanc�-las com varas de metal; usar choques el�tricos e agress�es sexuais, como a sodomia.
Em seu primeiro discurso como novo premi� do Egito, em 4 de mar�o, Essam Sharaf chegou a anunciar que reformaria a SISS.
“Eu rezo para que o Egito seja um pa�s livre e que seu aparato de seguran�a sirva a seus cidad�os”, disse Sharaf � multid�o que se reuniu na pra�a Tahrir.
A Irmandade Mu�ulmana, grupo de oposi��o banido sob o regime de Mubarak e cujos membros sofreram nas m�os da SISS, disse que a dissolu��o da ag�ncia era um “passo na dire��o certa”.