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Estado de Minas

Diretor da AIEA confirma danos em tr�s reatores de usina japonesa


postado em 16/03/2011 18:32


O diretor da Ag�ncia Internacional de Energia At�mica da ONU (AIEA), Yukiya Amano, confirmou nesta quarta-feira que tr�s reatores da usina nuclear de Daiichi, na prov�ncia japonesa de Fukushima (leste do pa�s), foram danificados pelas consecutivas explos�es ap�s o terremoto que atingiu o pa�s.

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O tremor de magnitude 8,9 e o tsunami que se seguiu a ele na sexta-feira provocaram panes no sistema de resfriamento dos reatores e aumentaram o risco de vazamentos de radia��o.

"A situa��o na usina de Fukushima Daiichi � muito s�ria. Danos nos n�cleos de tr�s unidades, os reatores n�mero 1, n�mero 2 e n�mero 3, foram confirmados. Mas n�o houve mudan�as significativas desde ontem (ter�a-feira). Os n�cleos permanecem cobertos”, disse Amano em uma coletiva.

“N�o sabemos a situa��o exata nos recipientes dos reatores, mas a press�o de dentro se mant�m acima da press�o atmosf�rica. Isso sugere que eles permanecem praticamente intactos."

Pensilv�nia, 1979

 

O diretor da AIEA afirmou ainda que ir� ao Jap�o pessoalmente na quinta-feira e que, no momento, ainda n�o � poss�vel dizer que a situa��o nuclear esteja fora de controle no pa�s – como disse na ter�a-feira o comiss�rio de Energia da Uni�o Europeia, G�nther Oettinger.

Em pronunciamento para um comit� do Parlamento Europeu, Oettinger alertou para o fato de que "nas pr�ximas horas, podem acontecer novos eventos catastr�ficos que poderiam amea�ar as vidas das pessoas" no Jap�o.

Tamb�m nesta quarta-feira, o secret�rio de energia dos Estados Unidos, Steven Chu disse que a situa��o em Daiichi parecia mais s�ria do que o derretimento do n�cleo de um dos reatores da usina de Three Mile Island, no Estado americano da Pensilv�nia, em 1979.

Por causa de um problema no sistema de resfriamento, o n�cleo da usina americana derreteu, mas o vazamento de pequenas quantidades de radia��o n�o foi prejudicial aos moradores da regi�o.

O Pent�gono disse que est� distribuindo pastilhas de iodeto de pot�ssio ao soldados em suas bases militares no Jap�o, como medida de preven��o contra os efeitos da exposi��o ao material radioativo na regi�o.

Embaixadas

 

O Minist�rio de Rela��es Exteriores do Jap�o pediu calma aos pa�ses que alertaram suas popula��es para deixarem ou n�o viajarem para o Jap�o por causa do temor de um acidente nuclear.

Segundo o governo, a situa��o est� sob controle, mas diversos pa�ses se mostram alarmados.
Segundo a TV p�blica NHK, os governos do Iraque, Bahrein e Angola notificaram o Minist�rio nesta quarta-feira de que fechariam temporariamente suas embaixadas no Jap�o.

De acordo com relatos, os funcion�rios da embaixada j� estariam deixando T�quio.
O Minist�rio teria dito ainda que o governo do Panam� transferiu sua embaixada para a cidade de Kobe, no sul do pa�s.
Antes, o governo da �ustria j� havia anunciado que seu embaixador e diplomatas deixariam a embaixada em T�quio para o consulado austr�aco em Osaka.

De acordo com a NHK, o minist�rio pediu aos diplomatas e oficiais de governos estrangeiros no Jap�o que transmitam corretamente as informa��es fornecidas pelo governo japon�s sobre a crise na usina.

Nesta quarta-feira, o governo brit�nico pediu aos seus cidad�os que estiverem em T�quio ou no norte do pa�s que considerem deixar os locais, por causa da crise em Fukushima e de uma poss�vel falta de suprimentos na regi�o.

Outros 24 pa�ses recomendaram que seus cidad�os deixem ou n�o viajem para o Jap�o, incluindo Alemanha, Turquia, Austr�lia, Estados Unidos, Coreia do Sul, Su�cia e Portugal.

J� o governo franc�s pediu � Air France dois avi�es para evacuar os seus cidad�os do pa�s a partir da quinta-feira.
A autoridade nuclear francesa diz que a cat�strofe no Jap�o j� atingiu o n�vel seis, em uma escala que vai at� sete. O Jap�o classifica o incidente como n�vel quatro.

Falta de mantimentos

 

Em comunicado divulgado pela televis�o, o governador da Prov�ncia de Fukushima, Yuhei Sato, disse que os abrigos para as pessoas que deixaram suas casas n�o t�m refei��es quentes, combust�vel ou suprimentos m�dicos em quantidades suficientes para atend�-los.

"Nos falta tudo”, disse. “A ansiedade e a raiva sentidas pelas pessoas atingiram o ponto de ebuli��o.”
O primeiro-ministro japon�s, Naoto Kan, determinou uma �rea de evacua��o em um raio de at� 20 quil�metros da usina. Outras 140 mil pessoas que moram a at� 30 quil�metros de Daiichi foram aconselhadas a n�o deixar suas casas.

No in�cio desta quarta-feira, o porta-voz do governo japon�s Yukio Edano disse que os n�veis de radia��o ao redor da usina voltaram a cair e novas opera��es para evitar o vazamento de combust�vel nuclear nos reatores 3 e 4 da usina est�o em andamento.

Uma tentativa de despejar �gua no reator 3 usando um helic�ptero da For�a de Autodefesa do Jap�o (FAJ) foi cancelada nesta quarta-feira, por causa do aumento no n�vel de radia��o sobre a usina.

De terra firme tamb�m seria lan�ada �gua no reator n�mero 4 e possivelmente no n�mero 3, para evitar o superaquecimento das instala��es.

No in�cio da manh�, uma nuvem de fuma�a foi vista no reator n�mero 3. Segundo a empresa Tokyo Electric Company, que opera a instala��o, a fuma�a foi liberada pela evapora��o da �gua do reservat�rio onde ficam armazenados os bast�es de combust�vel j� utilizados, que estariam esquentando rapidamente.

Em T�quio, a mais de 200 quil�metros de Fukushima, o n�vel de radia��o sofreu uma pequena eleva��o – suficiente para amedrontar os moradores, que come�am a estocar mantimentos.

Segundo a NHK, o n�mero oficial de mortos em consequ�ncia do terremoto e tsunami chega a 4,3 mil, mas as expectativas s�o de que este n�mero suba muito, j� que foram encontrados muitos corpos n�o-identificados em regi�es de litoral.


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