postado em 20/03/2011 14:18 / atualizado em 20/03/2011 14:32
Cen�rio em Benghazi ganha caracter�sticas de guerra a cada ataque (foto: AFP PHOTO/PATRICK BAZ )
Canh�es de artilharia queimados e tanques destru�dos foram encontrados neste domingo junto aos corpos de combatentes das for�as de Kadafi em um campo bombardeado pela coaliz�o na entrada de Benghazi, reduto rebelde no leste da L�bia.
Foi a 35 quil�metros a oeste de Benghazi que os avi�es franceses atacaram desde as primeiras horas da manh� deste domingo dezenas de ve�culos militares estacionados das for�as leais ao ditador.
A opera��o a�rea efetuada por avi�es da coaliz�o internacional - denominada pelos rebeldes de "ca�a-bombardeiros franceses" - foi iniciada �s 05h30 locais (00h30 de Bras�lia) e durou em torno de duas horas.
Muitos moradores curiosos de Benghazi aglomeraram-se pela manh� em torno de um carro T72 e de um T55, e de um lan�ador de foguetes GRAD, imobilizados ou j� inofensivos.�
Alguns tiravam fotos, outros mexiam nos bolsos dos cad�veres. Os rebeldes pediram para que parassem e respeitassem os mortos, "que tamb�m s�o mu�ulmanos" e que lhes ajudassem a transport�-los para seu enterro.�
Os insurgentes tamb�m buscavam muni��es que ainda n�o tinham explodido. Nos confrontos com as for�as de Kadafi, a fragilidade armament�stica dos rebeldes for�ou sua retirada nos �ltimos dias.
Na sexta-feira � noite e no s�bado de manh�, o ex�rcito do regime lan�ou uma grande ofensiva sobre Benghazi e amea�ou a parte da oeste da cidade.
Esse �ltimo ataque, que ocorreu depois de Tr�poli proclamar um cessar-fogo, deixou ao menos 90 mortos, entre civis e rebeldes, segundo fontes m�dicas.
"Ontem (s�bado), recebemos 50 cad�veres, e hoje (domingo) enviamos 35 certificados de �bito", indicou � AFP o m�dico Khaled Mugasabi, do hospital de Jala, localizado no centro de Benghazi.
Mesmo assim, jornalistas da AFP constataram corpos de 9 combatentes do regime l�bio na sala do centro hospitalar. Paralelamente, os feridos s�o atendidos pelos m�dicos.
Alguns corpos est�o completamente queimados, enquanto outros mostram sinais de bala na cabe�a.
Mismar Ibrahim, 35 anos, ferido por disparos em uma estrada a oeste de Benghazi, relata que "cada vez que caminhava cinco metros, uma bomba explodia" e completou que andou por cinco horas no deserto para chegar ao hospital.