Explos�es foram ouvidas em Tr�poli, capital da L�bia, neste domingo, segundo relatos de testemunhas. For�as da coaliz�o de pa�ses ocidentais continuam a opera��o militar para estabelecer a zona de exclus�o a�rea no pa�s, determinada pela ONU na �ltima quinta-feira.
Avi�es americanos voltaram a lan�ar ataques neste domingo contra posi��es das for�as de seguran�a do coronel Muamar Kadafi na L�bia, ap�s uma noite de ofensivas por terra e ar. Fran�a e Gr�-Bretanha tamb�m participam da opera��o.
O correspondente da BBC em Tr�poli disse que uma nuvem de fuma�a foi vista h� poucos momentos saindo da �rea de Bab al-Aziziya, onde ficam a base militar e o complexo onde vive o l�der l�bio Muamar Kadafi.
Minutos antes, um porta-voz do Pent�gono disse que a casa do coronel Kadafi n�o estava sendo alvejada pelos soldados.
Segundo o correspondente da BBC, acredita-se que h� armas anti-a�reas perto da regi�o, que podem ter sido alvejadas e destru�das pelas for�as da coaliz�o.
Horas antes, os Estados Unidos e a Fran�a disseram que o Catar, pa�s membro da Liga �rabe, decidiu unir-se � opera��o militar internacional na L�bia.
De acordo com oficiais franceses, o pa�s deve enviar quatro avi�es para tomar parte na ofensiva militar a qualquer momento.
O an�ncio acontece depois que o secret�rio geral da Liga �rabe, Amr Moussa, disse que os ataques do ocidente nas for�as l�bias foram al�m da implementa��o da zona de exclus�o, que a Liga havia pedido.
“O que aconteceu � diferente dos objetivos da zona de exclus�o a�rea. O que queremos � a prote��o de civis, e n�o o bombardeamento de mais civis", disse.
'Mal-entendido'
Em entrevista � rede de TV americana ABC neste domingo, o filho do coronel Kadafi, Saif al Islam, disse que o ocidente n�o compreendeu o que est� acontecendo na L�bia.
Ele disse que os rebeldes em Benghazi eram mafiosos e terroristas e que os habitantes da cidade est�o tentando liber�-la do seu controle.
"H� um grande mal-entendido. Todo o pa�s est� unido contra a mil�cia armada e os terroristas", disse.
Pouco antes, um porta-voz do governo anunciou que as for�as armadas do pa�s receberam a ordem de cessar-fogo imediatamente.
Em pronunciamento na televis�o, o porta-voz chamou os cidad�os a participarem de uma marcha pela paz que sair� de Tr�poli com destino a Benghazi.
O secret�rio geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse esperar que o ex�rcito l�bio “mantenha sua palavra” sobre um novo cessar-fogo.
“Eu espero sinceramente e pe�o que as autoridades l�bias mantenham sua palavra. Eles tem atacado continuamente a popula��o civil. Isso (o cessar-fogo) tem que ser verificado e testado”, disse em uma coletiva de imprensa no Egito.
Ataque
No segundo dia da opera��o, a Fran�a diz que 15 de seus avi�es de guerra fizeram patrulhas no espa�o a�reo do pa�s sem encontrar resist�ncia.
Pelo menos 20 posi��es de defesa a�rea foram alvejadas na capital, Tr�poli, e na cidade de Misrata, no oeste, por avi�es e navios de guerra americanos e brit�nicos.
Em pronunciamento, um porta-voz militar do Pent�gono disse que os bombardeios de s�bado foram “muito eficientes”.
“Acreditamos que as for�as de Kadafi est�o isoladas e bastante confusas”, disse.
A TV estatal l�bia exibiu neste domingo imagens de corpos e ve�culos militares queimados na estrada que as for�as do governo estavam usando para lan�ar sua ofensiva em Benghazi, a principal cidade do leste da L�bia, que voltou ao controle rebelde.
A TV tamb�m mostrou autoridades l�bias visitando pacientes no hospital. O governo l�bio diz que 64 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas nos bombardeiros, mas a informa��o n�o foi verificada por uma fonte independente.
O Pent�gono afirmou ainda que n�o h� evid�ncias de que o ataque do �ltimo s�bado tenha ferido civis l�bios.
Mais cedo, o coronel Kadafi falou � popula��o atrav�s de uma liga��o telef�nica para a TV estatal. "Prometemos uma guerra longa e extensa sem limites", disse o l�der l�bio. "Vamos lutar palmo a palmo."
A a��o militar na L�bia come�ou no fim da tarde do s�bado, quando ca�as franceses Rafale atacaram tanques e ve�culos militares blindados das for�as do governo.
Em entrevista ao canal de TV France 2, o ministro das Rela��es Exteriores da Fran�a, Alain Jupp�, declarou que "os ataques v�o continuar nos pr�ximos dias, at� que o regime l�bio cesse a viol�ncia contra sua popula��o".
A resolu��o 1.973, aprovada na �ltima quinta-feira pelo Conselho de Seguran�a da ONU, estabelece uma zona de exclus�o a�rea na L�bia para proteger os civis de bombardeios por parte do governo.
A medida autoriza os Estados membros a tomar "todas as medidas necess�rias" para efeito de prote��o, excluindo a possibilidade de envio de for�as de ocupa��o estrangeiras.