O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a bordo do Air Force One que o levava do Chile a El Salvador, em busca de um "amplo" esfor�o global na L�bia. Mas o chefe de governo turco insistiu em reafirmar sua posi��o de n�o participarr diretamente de miss�es de combate em territ�rio l�bio.
"As mudan�as na L�bia devem ocorrer por din�micas pr�prias nesse pa�s e n�o com interven��es estrangeiras", considerou Erdogan, que lidera um governo conservador isl�mico, expressando a preocupa��o da Turquia em rela��o �s opera��es militares em curso.
"Nossa preocupa��o tem fundamento. No passado, opera��es deste tipo se transformaram em ocupa��o e geraram perdas civis", disse, referindo-se ao Iraque.
"A Turquia jamais apontar� uma arma para o povo l�bio", havia dito Erdogan ao Parlamento.
No entanto, os dois "reafirmaram apoio � plena implementa��o" da recente resolu��o do Conselho de Seguran�a da ONU "com o objetivo de proteger o povo l�bio", indicou um comunicado da Casa Branca.
Tanto o presidente americano quanto o primeiro-ministro turco concordam com a necessidade de uma "ampla contribui��o internacional, incluindo a das na��es �rabes" �s opera��es da coaliz�o na L�bia, informou depois a Casa Branca.
Obama, que realiza uma viagem pela Am�rica Latina, conversou por telefone na segunda-feira � noite com Erdogan, que havia considerado contraproducente a campanha militar contra o regime de Muamar Kadhafi.
"Os l�deres consideraram que ser� necess�rio um esfor�o internacional de uma base ampla, incluindo os Estados �rabes, para aplicar e executar as resolu��es da ONU, com base nas contribui��es nacionais e habilitado pelo comando �nico multinacional da Otan e em capacidades de controle para assegurar a m�xima efic�cia", disse.
O primeiro-ministro turco ressaltou que seu pa�s manter� as consultas, com seus aliados da Otan, principalmente, para decidir sua "contribui��o" para a "restaura��o da paz" na L�bia.
Durante a conversa de segunda, Obama aproveitou para agradecer � Turquia por ter ajudado na liberta��o de quatro jornalistas do New York Times que estavam detidos na L�bia.
A Turquia � o �nico membro mu�ulmano da Otan, mas criticou a interven��o armada liderada por Fran�a e Gr�-Bretanha contra Kadhafi, que desencadeou uma intensa ofensiva para esmagar uma insurrei��o rebelde contra seu regime.
Em declara��es ao jornal H�rriyet desta ter�a-feira, Erdogan indicou que a Turquia poder� contribuir com as opera��es humanit�rias na L�bia.
Obama tamb�m conversou por telefone com o emir do Qatar, �nico Estado �rabe que participa de opera��es militares na L�bia, apesar do apoio da Liga �rabe a uma zona de exclus�o a�rea para evitar que Kadhafi ataque civis.
Obama disse ao emir, o xeque Hamad bin Jalifa al-Thani, que a mobiliza��o mostrou o papel de lideran�a do Qatar na regi�o, ressaltou Ben Rhodes, vice-assessor de seguran�a nacional.
O presidente americano, que viaja para El Salvador, mant�m sua viagem pela Am�rica Latina apesar das queixas de alguns membros do Congresso que consideram que deveria estar em Washington prestando esclarecimentos ao p�blico sobre a ofensiva militar na L�bia.
Rhodes disse que os comandantes militares mantiveram Obama informado o tempo todo.