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Estado de Minas

Para Gates, mudan�a de regime na L�bia � 'muito complicada'


postado em 27/03/2011 13:21 / atualizado em 27/03/2011 13:49

(foto: Presidência da Venezuela e REUTERS / Fadi Arouri)
(foto: Presid�ncia da Venezuela e REUTERS / Fadi Arouri)

O objetivo militar da interven��o internacional na L�bia n�o � derrubar o ditador Muamar Kadafi, porque qualquer mudan�a de regime seria "muito complicada", estimou neste domingo o secret�rio de Defesa americano, Robert Gates.

"Como vimos no passado, uma mudan�a de regime � algo muito complicado; �s vezes exige muito tempo, �s vezes pode ser muito r�pido. Mas isto jamais fez parte do objetivo militar" na L�bia, destacou Gates, em entrevista ao programa 'This Week', da rede ABC.

Ele compareceu ao programa acompanhado da secret�ria de Estado, Hillary Clinton.

A queda de Saddam Hussein, em 2003, que ocorreu em poucas semanas, n�o impediu que os Estados Unidos se atolassem em uma complicada guerra no Iraque nos anos seguintes. No Afeganist�o, as opera��es militares ainda continuam, dez anos ap�s a derrubada do regime talib�.

Assim como outros governantes ocidentais, o presidente americano, Barack Obama, j� lan�ou diversos apelos a Kadafi para que deixe o poder. Entretanto, esta n�o � uma meta do mandato outorgado �s for�as da coaliz�o internacional pela resolu��o 1973 do Conselho de Seguran�a da ONU.

"Essa � a diferen�a entre uma miss�o militar e um objetivo pol�tico", ponderou Hillary.

"Durante uma campanha militar, uma das coisas essenciais, a meu ver, � n�o definir um objetivo que n�o tenhamos certeza de poder alcan�ar", acrescentou.

A resolu��o 1973 autoriza as for�as da coaliz�o internacional, da qual participam, al�m dos Estados Unidos, v�rios pa�ses europeus e da Liga �rabe, a instaurar uma zona de exclus�o a�rea sobre a L�bia, com o objetivo de proteger a popula��o civil das tropas leais a Kadafi.

Vizinhos da L�bia

Falando sobre a Tun�sia e o Egito, onde rebeli�es populares no come�o do ano derrubaram os presidentes Zine Al Abidine Ben Ali e Hosni Mubarak, respectivamente, Gates alertou para a possibilidade que a situa��o na L�bia desestabilize ainda mais estes dois pa�ses, ambos vizinhos.

Em meio a uma saraivada de cr�ticas do Congresso nacional � decis�o de Obama de incluir as for�as americanas na coaliz�o que interv�m na L�bia, Gates afirmou que a L�bia representa "uma amea�a real e iminente" para os Estados Unidos, uma vez que o Egito � "uma pe�a central" no equil�brio da regi�o.

Para o secret�rio da Defesa, � preciso, acima de tudo, apoiar o movimento democr�tico eg�pcio.

O confronto entre as for�as leais ao regime de Kadhafi e os rebeldes que querem sua ren�ncia "amea�a p�r em risco as revolu��es na Tun�sia e no Egito", indicou Gates.

"Havia um �xodo massivo de tunisianos e de centenas de milhares de outros trabalhadores estrangeiros na L�bia que come�aram a ir para a fronteira" com a Tun�sia, lembrou Gates. As mesmas cenas agora se reproduzem na fronteira eg�pcia com a L�bia.

Por isso, os novos regimes nascidos das revoltas populares ainda s�o "fr�geis".

L�bia n�o � vital

"N�o acredito que a L�bia seja de interesse vital" para a seguran�a dos Estados Unidos, "mas temos claros interesses ali, e o pa�s est� situado em uma regi�o de suma import�ncia para n�s", argumentou Gates.

Para Hillary Clinton, a intervenci�n internacional L�bia evitou "uma cat�strofe humanit�ria" e um "massacre em grande escala que come�ava a acontecer".

Por fim, Robert Gates comentou a situa��o explosiva no I�men, onde o presidente Ali Abdallah Saleh est� cada vez mais isolado e sofre a press�o do movimento pr�-democracia para deixar o poder.

"Se o governo cair ou for substitu�do por um governo muito mais fraco, ent�o enfrentaremos ainda mais desafios no I�men, n�o resta d�vida. � um verdadeiro problema", estimou o secret�rio americano.

"O bra�o mais ativo e talvez mais agressivo da Al-Qaeda, a Al-Qaeda na Pen�nsula Ar�bica, atua no I�men e n�s temos uma coopera��o antiterrorista com o presidente Saleh e os servi�os de seguran�a iemenitas", ressaltou.

A CIA e o ex�rcito americano t�m mobilizados no I�men dezenas de agentes h� 18 meses para ajudar o ex�rcito iemenita a combater a Al-Qaeda na Pen�nsula Ar�bica - que estaria planejando um novo atentado, segundo publicou o jornal Washington Post, citando altos funcion�rios do governo americano.


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