(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

L�bia: insurgentes tomam Ras Lanuf e Ben Jawad e exportar�o petr�leo


postado em 27/03/2011 15:05

Os insurgentes l�bios, que neste domingo reconquistaram o porto petroleiro de Ras Lanuf e a localidade de Ben Jawad, no leste do pa�s, continuam sua contra-ofensiva rumo a Sirte, cidade natal do ditador Muamar Kadhafi, e anunciaram que pretendem retomar as exporta��es de petr�leo em breve. Os campos petrol�feros nestas regi�es produzem entre 100.000 e 130.000 barris por dia, afirmou neste domingo um porta-voz da insurrei��o, indicando que a oposi��o planeja retomar as exporta��es em menos de uma semana. "Produzimos de 100.000 a 130.000 barris por dia e podemos facilmente aumentar este ritmo at� 300.000 barris por dia", declarou Ali Tarhoni, representante dos rebeldes encarregado de quest�es econ�micas, financeiras e petroleiras, durante entrevista coletiva em Benghazi. De acordo com Tarhoni, o �rg�o pol�tico que representa os rebeldes assinou um acordo com o Qatar que delega ao emirado a comercializa��o do cru. As exporta��es devem ser reiniciadas "em menos de uma semana", destacou o porta-voz. Ben Jawad, posi��o mais avan�ada dos rebeldes na primeira ofensiva em dire��o ao oeste da L�bia, no come�o de mar�o, havia sido retomada pelas for�as leais a Kadhafi. Nos �ltimos tr�s dias, as for�as insurgentes conquistaram sucessivamente as cidades de Ajdabiya, ponto estrat�gico a 160 km de Benghazi, Brega, Ras Lanuf e Ben Jawad. As tropas de Kadhafi haviam expulsado os rebeldes de Ras Lanuf no dia 12 de mar�o. A refinaria fica 370 quil�metros a oeste de Benghazi, basti�o da rebeli�o no leste, e a 210 quil�metros de Ajdabiya, cidade estrat�gica controlada pelos insurgentes desde s�bado. Ao longo da estrada, perto da refinaria de petr�leo, � poss�vel ver os rastros dos confrontos: muni��es abandonadas e constru��es parcialmente destru�das. Os insurgentes tomaram em seguida a localidade de Ben Jawad, 30 km a oeste de Ras Lanuf. As for�as de Kadhafi continuam recuando em dire��o a Sirte, que fica 200 km a oeste. Segundo um habitante de Sirte, a cidade foi bombardeada durante toda a noite pela coaliz�o internacional, provocando danos consider�veis. "A cidade se transformou em uma bola de fogo", contou, indicando que a maioria dos moradores, apavorados, fugiu para o deserto. A coaliz�o tamb�m realizou intensos bombardeios no s�bado contra as for�as de Kadhafi ao longo dos 400 km da estrada que liga Ajdabiya a Sirte. Os ataques a�reos continuaram em ritmo intenso no s�bado, com 160 miss�es - sete a mais do que na v�spera, segundo o Pent�gono. A Otan, que se prepara para assumir o comando de todas as opera��es militares na L�bia, quer limitar estritamente os ataques � prote��o de civis em zonas habitadas, segundo diplomatas que conversaram com a AFP neste domingo. O plano elaborado pela Otan n�o prev� uma interven��o com o objetivo de apoiar os insurgentes que combatem as for�as de Kadhafi, explicaram os diplomatas, que pediram o anonimato, destacando que a prioridade da Alian�a Atl�ntica � manter-se "imparcial" no conflito. "A Otan permanecer� sempre imparcial. A Otan n�o escolhe um lado. O objetivo � deter qualquer amea�a � popula��o, de acordo com a resolu��o 1973 da ONU", indicou. No s�bado, o porta-voz do regime l�bio, Musa Ibrahim, declarou que "os ataques a�reos continuaram durante horas e horas, sem parar, na estrada costeira de Ajdabiya-Sirte, de 400 km". "Estimamos que v�rios civis tenham morrido, inclusive fam�lias que fugiam de carro dos bombardeios", acrescentou, pedindo o "fim urgente e imediato dos bombardeios a�reos, assim como uma reuni�o urgente do Conselho de Seguran�a" da ONU para discutir a situa��o. Mais a oeste, Misrata, terceira maior cidade do pa�s e ponto estrat�gico entre Tr�poli e Sirte, continua submetida desde s�bado a um "intenso bombardeio" das for�as de Kadhafi, segundo um porta-voz dos rebeldes. Um m�dico de Misrata declarou � AFP que 117 pessoas morreram desde 18 de mar�o na cidade, tomada pelos rebeldes e cercada pelas tropas do ditador. No plano pol�tico, o ministro das Rela��es Exteriores italiano, Franco Frattini, prop�s em uma entrevista publicada neste domingo no jornal La Republica uma solu��o para a crise l�bia que prev� o ex�lio de Kadhafi. "Agora que toda a Europa e as Na��es Unidas conclu�ram que o coronel n�o � um interlocutor aceit�vel, n�o podemos defender uma solu��o na qual (Kadhafi) permane�a no poder", estimou Frattini. O ministro italiano indicou que apresentaria seu plano na ter�a-feira em Londres, durante uma reuni�o para discutir a interven��o na L�bia, para a qual j� confirmaram presen�a 35 pa�ses. "Temos um plano e queremos ver se ele poderia se transformar em uma proposta �talo-alem�. � prov�vel que na ter�a-feira tenhamos um documento para colocar sobre a mesa", concluiu. Para Hillary Clinton e Robert Gates, secret�rios de Estado e Defesa dos Estados Unidos, os diplomatas e militares come�aram a desertar o regime de Kadhafi ap�s a interven��o da coaliz�o internacional. "H� muitos diplomatas e chefes militares na L�bia que est�o saindo, que est�o mudando de lado, que est�o desertando, porque j� viram como isto vai terminar", disse Hillary, em entrevista ao programa 'Face the Nation', da rede CBS. "N�o subestime a possibilidade de que elementos do regime se quebrem e abandonem o l�der l�bio", advertiu Gates, que tamb�m participou do programa. Londres, por sua vez, declarou neste domingo que a coaliz�o internacional n�o armar� os rebeldes. "N�o estamos armando os rebeldes e n�o planejamos faz�-lo", disse neste domingo o ministro brit�nico da Defesa, Liam Fox, em entrevista � rede BBC. Fox argumentou que fornecer armas � rebeli�o seria um descumprimento do embargo imposto pela ONU. "Temos que respeitar isto", afirmou. Citando fontes da defesa, o jornal brit�nico Sunday Times publicou neste domingo que os aliados planejam armar os rebeldes para acelerar a queda de Kadhafi. O ministro brit�nico explicou que os recentes avan�os das tropas rebeldes provocar� "uma din�mica muito diferente e um equil�brio muito diferente no interior da L�bia". "Vamos ver como isto afetar� a opini�o p�blica e o regime de Kadhafi", concluiu.

  • Tags
  • #

receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)