(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Tunisianos em Lampedusa enfrentam frio e p�ssimas condi��es sanit�rias


postado em 29/03/2011 15:59

(foto: AFP PHOTO / ALBERTO PIZZOLI )
(foto: AFP PHOTO / ALBERTO PIZZOLI )
"Ajudem-nos! N�o podemos continuar esperando sem saber para onde vamos", suplicou Lassad, um tunisiano de 24 anos que dorme h� uma semana ao ar livre, no ch�o do porto da pequena ilha italiana de Lampedusa. "N�s apenas queremos trabalhar, ir embora daqui � nosso �nico pensamento", explica em franc�s � AFP o jovem queimado pelo sol. A seu lado, Ali, 20 anos, concorda com a cabe�a. No entorno, reina o caos: no porto ao qual costumam chegar habitualmente os barcos tur�sticos, milhares de tunisianos, todos homens e jovens, espremem-se em pequenos espa�os retangulares limitados por cordas ou sacos de lixo, em frente � embarca��o na qual chegaram. Os que acabam de desembarcar instalam-se em frente ao porto, enquanto aqueles que demoram mais esperam na entrada do cais para serem levados a um albergue da Sic�lia ou outros no continente. Lassad denuncia a "desorganiza��o": n�o h� camas, nem abrigos para se proteger do frio � noite. "Nos tratam como cachorros, n�o, pior, porque os cachorros s�o mais bem tratados", corrige-se com olhos cheios de raiva. O odor no local � forte: h� apenas tr�s banheiros para milhares de imigrantes, que precisam urinar e defecar ao ar livre em uma pequena colina perto do cais onde dormem. Tamb�m n�o h� chuveiro ou �gua corrente. Ent�o, por que sair da Tun�sia? "No meu pa�s, h� muitas coisas que n�o funcionam, n�o h� trabalho e a pol�cia � a mesma da �poca de Ben Ali", explica. "Viemos por trabalho e liberdade, mas sobretudo para trabalhar", insiste depois de reconhecer: "gostaria de ir � Fran�a", diz. Um pouco mais longe, Ali, 29 anos, est� prestes a chorar: "minha fam�lia est� na Tun�sia, mas ningu�m sabe que cheguei, ontem houve mortes e n�o pude entrar em contato com eles". "Ao chegar, caminhamos na �gua, meu celular molhou e parou de funcionar por causa da �gua do mar", conta. Um pouco mais al�m, Abdel, com um cigarro nos l�bios, est� afundado na incerteza: "n�o sabemos de nada, para onde nos enviar�o, a Palermo, a Roma... uma coisa tenho clara: n�o vou retornar a T�nis. L� n�o vamos viver, eu quero apenas trabalhar!". Enquanto esperam, a conviv�ncia entre os 5.000 habitantes da ilha e os 6.000 imigrantes � cada vez mais tensa. "Tratam os imigrantes de forma desumana, o nervosismo aumenta de um lado e do outro", adverte Francesco Solina, porta-voz do Movimento Jovens por Lampedusa. Como primeira solu��o, o governo italiano decidiu na quarta-feira enviar seis naves para retirar em torno de 10.000 pessoas. "Espero que seja verdade, que n�o nos abandonem", diz.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)